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Bolsonaro chegou à Convenção do MDB após a saída de Valdemar, diz defesa a Moraes

Na operação Tempus Veritatis, da PF, Moraes proibiu que Bolsonaro tenha contato com investigados entre eles Valdemar Costa Neto

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Defesa de Bolsonaro diz que ele não se encontrou com Valdemar Valter Campanato / Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) que teve o “cuidado de comparecer ao evento da convenção do MDB em horário diferente e posterior à saída de Valdemar da Costa Neto”, presidente do PL, e não se encontraram em nenhum momento. Na semana passada, Moraes determinou que os dois se manifestassem sobre “eventual descumprimento” da decisão que proibiu o contato entre eles.

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Na decisão que autorizou a Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, Moraes proibiu que Bolsonaro tenha contato com investigados, entre eles Valdemar Costa Neto. A PF investiga a suposta organização de um golpe de Estado em 2022 em prol do candidato derrotado e ex-presidente, com a participação de ex-assessores, militares e Valdemar Costa Neto.

Segundo a defesa, tanto Bolsonaro quanto Valdemar “estão e sempre estiveram absolutamente cientes obedientes à determinação quanto à proibição de aproximação”

“Pois bem, a despeito desta defesa não haver ainda sido formalmente intimada da r decisão, porém seguindo a coerência da linha colaborativa que sempre adotou em todas as investigações que tramitam em desfavor do peticionário sob sua relatoria, vem pela presente, de forma antecipada, prestar o esclarecimento”, disse a defesa.


Investigações

As investigações apontam que o PL foi “instrumentalizado” para financiar e comandar a estrutura de apoio à suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo a PF, 16 militares são investigados por pelo menos três formas de atuação. A primeira é a produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à segurança das eleições de 2022 para estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas.

O segundo ponto de atuação dos militares investigados pela PF seria de apoio às ações golpistas, reuniões e planejamento para manter os atos em frente aos quartéis, incluindo mobilização, logística e financiamento para auxiliar os manifestantes.

Havia ainda o “Núcleo de Inteligência Paralela”, que seria formado pelos militares Augusto Heleno, Marcelo Câmara e Mauro Cid. Eles fariam a coleta de dados e informações que auxiliassem a tomada de decisões do então presidente da República na consumação do golpe. Bolsonaro teria pressionado os ministros do governo, durante reunião realizada em 5 de julho de 2022, para que promovessem e replicassem “desinformações e notícias fraudulentas” quanto à confiança do sistema eleitoral brasileiro, revela o processo.

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