Depois de Salvador, Brasília avalia cancelar festa de Réveillon
Na semana passada, antes da confirmação da nova variante, governo local tinha confirmado realização do evento na Esplanada
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
A identificação da nova variante do coronavírus Ômicron ameaça os cronogramas de flexibilização de medidas restritivas no país. Depois de o prefeito de Salvador, Bruno Reis, anunciar nesta segunda-feira (29) o cancelamento das festas de Ano-Novo previstas na cidade, o Distrito Federal pode seguir o mesmo caminho.
O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, afirmou ao R7 que o governo considera a possibilidade e que ainda nesta semana terá uma definição sobre como ficará a realização do Réveillon no Distrito Federal diante da identificação da nova cepa. "Estamos avaliando. Nesta semana vamos definir", declarou.
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A notificação da Ômicron vem uma semana depois da confirmação das festas de Ano-Novo pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). A programação do GDF previa a instalação do tradicional palco com apresentações musicais na Esplanada dos Ministérios, além da abertura de um edital para a promoção do evento em pelo menos cinco regiões administrativas.
No ano passado, a festa da Virada do Ano foi cancelada em razão da pandemia da Covid-19. A realização do Carnaval ainda está em estudo e, de acordo com o governador, dependeria da ampliação da cobertura vacinal para ocorrer. Até esta segunda, 76,07% da população com idade a partir de 12 anos estava com o esquema vacinal completo.
Nova cepa
Por ora o Brasil não registra casos de infecção pela variante. Em São Paulo, na quinta-feira passada, um brasileiro testou positivo para a Covid-19 depois de chegar em um voo oriundo da África do Sul . No entanto, ainda não se sabe se ele foi infectado pela nova cepa. O paciente é vacinado contra o coronavírus e está em isolamento, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A Organização Mundial da Saúde (OMS), que já havia classificado a Ômicron como variante de preocupação em razão das dezenas de mutações genéticas, emitiu alerta nesta segunda-feira de que a cepa representa um risco global muito alto de nova onda de surtos. Isso porque a variante teria grande capacidade de escapar à proteção conferida pelas vacinas dadas as vantagens genéticas obtidas por ela, que a teriam tornado mais transmissível.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informa que não investiga nenhum caso suspeito de contágio pela variante Ômicron (B.1.1.529) no DF.