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Desistência de Doria na corrida ao Planalto entra nos temas mais comentados nas redes sociais

Vencedor das prévias do PSDB, governador de São Paulo deve anunciar que não concorrerá ao Planalto nas eleições de outubro

Brasília|Lucas Nanini, do R7, em Brasília

O governador de São Paulo, João Doria
O governador de São Paulo, João Doria

A desistência do governador de São Paulo, João Doria, em concorrer à Presidência da República rendeu publicações nas redes sociais, sendo um dos assuntos mais comentados na manhã desta quinta-feira (31). O tucano deve anunciar a retirada de sua pré-candidatura ao Planalto nesta tarde, em pronunciamento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

O ex-governador Márcio França (PSB-SP) foi um dos que comentaram a saída de Doria da disputa à Presidência. “Eu avisei”, postou ele em uma rede social. "Te aguardo nos debates", escreveu em referência a uma possível candidatura do tucano à disputa da reeleição ao governo estadual.

O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) se limitou a informar sobre a desistência do governador em concorrer ao Planalto. “URGENTE!! João Doria desiste de deixar o governo de São Paulo para disputar a presidência da República. Ainda não há confirmação se ele disputará a reeleição”, postou.

Adversários políticos do tucano comemoraram a notícia. “Desistiu”, escreveu a deputada federal Bia Kicis (PL-DF), que postou um foto do tucano ao lado do presidente Jair Bolsonaro e a frase “Doria desiste de disputar a Presidência, dizem jornais. Aquele que nunca foi, já era! Quem sabe agora ele consiga entender que foi eleito somente pelo apoio do nosso presidente Jair Bolsonaro”.


A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ironizou a decisão e pediu para que o governador não desista de ser candidato à Presidência. “Não faça isso, @jdoriajr! São Paulo não aguenta mais você! Você só perde para a margem de erro. Tenta”, postou.

Outro deputado federal que fez menção à desistência de Doria foi Ivan Valente (PSOL-SP). Ele também citou o ex-juiz Sergio Moro, que decidiu trocar o Podemos pelo União Brasil, abrindo mão da candidatura à Presidência. “Doria desistiu. Moro dá sinais que vai desistir também. Bolsonaro é rejeitado pela maioria, mas insiste. Alguns desistem para não perder feio, outros serão escorraçados nas urnas.”


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Vencedor das prévias do PSDB, em novembro do ano passado, o governador João Doria deve anunciar a desistência de disputar a Presidência da República nas eleições 2022 pelo partido. Ele tinha uma série de compromissos que foram cancelados de última hora.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Governo de São Paulo informou que "ao contrário do previsto anteriormente, o governador não irá mais até o Edifício-Monumento do Novo Museu do Ipiranga, ao Parque da Cidadania em Heliópolis e à B3. Apenas essa agenda da B3 está mantida, mas sem a presença dele".


Doria e Eduardo Leite durante as prévias do PSDB, em novembro último
Doria e Eduardo Leite durante as prévias do PSDB, em novembro último

Foi confirmada apenas a participação do governador no 4º Seminário Municipalista que acontece no Palácio dos Bandeirantes, às 16h, quando ele fará um pronunciamento à imprensa. Nesta manhã, o governador teria surpreendido aliados e auxiliares ao comunicar que desistiu de concorrer à Presidência. Ele deixaria o cargo no Executivo paulista hoje.

O fato teria pego de surpresa também o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que era apresentado por Doria como CEO do governo e assumiria o cargo. Ele até pediu demissão da Secretaria de Governo. Segundo aliados, o governador deve também anunciar a saída do PSDB e que não vai tentar a reeleição ao governo de São Paulo.

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Na noite de quarta (30), em jantar com amigos, empresários, aliados e secretários, sem a presença de Garcia, Doria já havia sinalizado, em discurso, que poderia abrir mão da disputa. "Não faço imposição do meu nome, pelo contrário. Não parto do pressuposto que tem ser eu. É preciso ter grandeza e espírito elevado", afirmou o governador paulista.

O vice-governador afirmou nesta manhã que não será candidato à sucessão de Doria e que vai deixar o governo. Em discussão com chefe do Executivo paulista sobre sua decisão de permanecer da administração, Garcia teria dito que, nessas condições, não seria candidato à sucessão do tucano. Em 2018, Doria acordou com o vice que deixaria a cadeira para ele. No ano passado, Garcia deixou o DEM para se filiar ao PSDB.

Eduardo Leite

Com a saída de Doria, o nome do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ganha força como possível candidato ao Planalto. O chefe do Executivo gaúcho anunciou recentemente a permanência no PSDB e tem o apoio de caciques do partido, mesmo tendo perdido a vaga nas prévias tucanas. A federação entre PSDB e Cidadania é tida como um ponto a favor do governador.

Leite anuncia agenda no RS
Leite anuncia agenda no RS

Na última segunda-feira (28), Leite anunciou que deixaria o governo para se dedicar às eleições. Em um vídeo divulgado durante entrevista no Palácio Piratini, sede do Poder Executivo do RS, ele confirmou que ficará no PSDB, mas não informou a que cargo concorrerá.

Afirmando que a lei eleitoral o obriga a deixar o cargo, Leite disse que a decisão foi fruto de muita conversa com diferentes lideranças políticas e setores da sociedade. Na ocasião, ele disse estar convicto da medida, que traz "disponibilidade e liberdade" para realizar as movimentações eleitorais "em qualquer direção necessária, no Brasil ou no Rio Grande do Sul".

Nesta quinta, Leite publicou nas redes sociais que cumpre a última agenda à frente do governo, nas cidades de Santa Maria e Pelotas. A transferência oficial do cargo para o vice-governador Ranolfo Vieira deve ocorrer nesta tarde. “O jogo continua sob a condução desse novo comandante”, afirmou o chefe do Executivo, dizendo estar “absolutamente tranquilo” sobre a atuação de Vieira.

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