Desmatamento na Amazônia registra queda de 21,8% em 2023, atingindo menor taxa em 5 anos
Essa é a menor taxa de desmatamento registrada no bioma desde 2018, quando alcançou 7.536 km²
Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília
O Ministério do Meio Ambiente anunciou nesta quarta-feira (8) que o desmatamento na Amazônia Legal totalizou pouco mais de 9 mil km² entre agosto de 2022 e julho de 2023, marcando uma redução de 21,8% em comparação com o período anterior. Essa é a menor taxa de desmatamento registrada no bioma desde 2018, quando alcançou 7.536 km². Durante o governo Bolsonaro, o desmatamento anual permaneceu acima de 10.000 km², atingindo o auge em 2021, com uma perda de vegetação de 13.038 km².
Cinco dos nove estados da Amazônia Legal viram um aumento no desmatamento no ano passado. Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Roraima e Tocantins experimentaram perdas de vegetação maiores em 2023 do que em 2022, enquanto Acre, Amazonas, Pará e Rondônia registraram declínios nos números.
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Por outro lado, o sistema Deter, utilizado pelo governo para monitoramentos mensais, apontou uma queda de 55% no desmatamento na Amazônia entre agosto de 2023 e abril de 2024, com uma área devastada de 2,686 mil km².
No entanto, segundo o monitoramento, o Cerrado enfrenta desafios de preservação. O Deter registrou um aumento de 27% no desmatamento entre agosto e abril, com uma destruição de quase 5 mil km². Os dados anuais do Deter para o bioma já haviam sido divulgados em dezembro, mostrando um crescimento de 3% em relação a 2022.
Desmatamento no Pantanal caiu
O governo também anunciou uma redução no desmatamento do Pantanal em 2023. Segundo dados do Inpe, o bioma perdeu 723,13 km² de vegetação no ano passado, o que equivale a pouco menos da metade da área da cidade de São Paulo.
Mais da metade do desmatamento registrado no Pantanal ocorreu em um único município, Corumbá (MS), onde a taxa atingiu 381,95 km², representando 52,8% de toda a degradação do bioma. Este foi o menor índice de desmatamento no Pantanal desde 2020. Durante o governo Bolsonaro, a maior taxa anual foi de 824,47 km², registrada em 2021, e tem diminuído ano a ano desde então.