DF não tem condição de colocar um PM em cada escola, diz Ibaneis
Ele anunciou reforço na segurança após casos de violências em unidades da rede, mas disse que número de policiais é insuficiente
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
O governador Ibaneis Rocha afirmou nesta sexta-feira (25) que a segurança nas escolas públicas do Distrito Federal deve ser reforçada, mas reconheceu que é inviável alocar policiais militares em todas as 686 unidades da rede.
"É impossível hoje, com o número de policiais. Trabalhei desde o primeiro dia do meu governo formando turmas de policiais, não temos condições de colocar um policial em cada uma das escolas", disse o governador.
Nos últimos dias, os registros de violência em unidades da rede pública de ensino no DF têm se acumulado. Na semana passada, um estudante foi esfaqueado em Ceilândia, em frente ao colégio onde estuda. Dias depois, em meio a uma briga em frente ao Centro de Ensino Médio São Francisco, em São Sebastião, uma mulher apontou uma arma para o rosto de uma estudante.
Um vídeo postado nas redes sociais mostrou o diretor do Centro de Ensino Fundamental 8, em Taguatinga, dando um chute nas costas de um estudante para separá-lo de um colega com quem se atracava.
O caso ocorrido em São Sebastião levou a Secretaria de Educação a anunciar que vai elaborar um plano de emergência para conter os casos. Após uma reunião com as regionais de Ensino, a secretária Hélvia Paranaguá disse na última quarta-feira (23) que o ronda policial será intensificada nas escolas onde há registros de agressões.
"O que a gente pede à Polícia Militar do Distrito Federal é que reforce principalmente nas áreas onde a insegurança é maior. Vamos dar uma atenção especial, e a gente espera que não volte a acontecer", declarou Ibaneis nesta sexta. Outras medidas do plano devem incluir ações pedagógicas, de segurança pública, de saúde e de esporte e lazer, com o objetivo de mudar o panorama dos últimos dia.
"As crianças passaram muito tempo trancadas dentro de suas casas, esse reencontro é muito difícil. A gente espera que isso não aconteça, os nossos coordenadores educacionais estão todos orientados", ressaltou o governador.