Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

‘Ele poderá ser preso ainda nesta noite’, diz presidente da CPMI do INSS sobre depoente

Comissão ouviu Abraão Lincoln, presidente da CBPA, que não respondeu à maior parte das perguntas

Brasília|Yumi Kuwano, do R7, em Brasília

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Senador Carlos Viana considera possível prisão de Abraão Lincoln, presidente da CBPA, por não responder perguntas na CPMI do INSS.
  • Abraão Lincoln teve Habeas Corpus que lhe permitiu não responder a perguntas que poderiam incriminá-lo durante o depoimento.
  • A CBPA, investigada por fraudes, movimentou R$ 221,8 milhões de segurados do INSS; apenas 921 das 188 mil reclamações receberam resposta.
  • A Justiça Federal bloqueou os bens de Abraão Lincoln e da CBPA devido às investigações em curso.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Presidente da CBPA, Abraão Lincoln Ferreira da Cruz
Abraão Lincoln Ferreira da Cruz teve habeas corpus concedido pelo STF Waldemir Barreto/Agência Senado/03.11.2025

O presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou na noite desta segunda-feira (3) que não descarta a possibilidade de pedir a prisão de Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da CBPA (Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura), que prestou depoimento ao colegiado.

“Quem mentir na CPMI vai receber voz de prisão. Ainda que tenha direito à fiança, vamos mostrar ao povo brasileiro que estamos aqui para ouvir de pessoas aquilo que eles deveriam falar. Eu tenho muita tranquilidade que se ele continuar omitindo informações ele poderá ser preso ainda nesta noite”, disse Viana em entrevista coletiva.


O presidente da CBPA teve habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que garantiu a ele o direito de não responder perguntas que pudessem incriminá-lo, e quase não respondeu aos questionamentos dos parlamentares.

Leia mais

No início da sessão, Abraão também foi orientado pelo advogado a não se comprometer em dizer a verdade em depoimento na comissão, que investiga o esquema de fraudes em benefícios de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.


O presidente da confederação, que é investigada pela Polícia Federal por ter movimentado R$ 221,8 milhões descontados de segurados do INSS, negou comandar uma entidade laranja.

Ao iniciar o depoimento, Abraão Lincoln disse que a CBPA surgiu inicialmente com 12 federações e atualmente conta com 21. Segundo ele, o órgão tem pouco mais de 1.000 colônias e sindicatos de pescadores.


“Na maioria de todos os estados brasileiros existe pesca artesanal, estamos aqui para dizer que as nossas instituições existem. Dá para ver nos estados de vocês, porque muitos de vocês podem ver nossas colônias e nossos sindicatos. Temos sede em 95% dos municípios onde temos confederados. A CBPA, como qualquer outra confederação, não tem trabalhadores filiados a ela diretamente”, afirmou.

Abraão Lincoln afirmou que deu poderes para Adelino Rodrigues Jr. —que aparece nas investigações da PF como procurador da CBPA, responsável por pagamentos à esposa do ex-procurador do INSS Virgílio de Oliveira Filho — para que ele movimentasse a conta do call center para reembolsar beneficiários que contestavam a cobrança.


“Como eram pequenas contribuições, nós pagávamos dobrado na hora que as pessoas reclamavam”, afirmou o depoente.

No entanto, números apresentados na CPMI mostraram que das 188 mil reclamações, apenas 921 tiveram resposta ou devolução.

A Justiça Federal do Distrito Federal já determinou o bloqueio dos bens de Abraão e da CBPA devido às investigações.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da RECORD, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.