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Eleição no Senado: líder da Bancada Feminina diz querer ‘mulheres na Mesa’

Até o momento, o cargo mais alto que uma mulher chegou na Casa foi o de primeira vice-presidente, em 2012

Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília

Senado nunca elegeu uma presidente mulher em 200 anos Rute Moraes, do R7, em Brasília - 06/11/2024

A líder da Bancada Feminina no Senado, Leila Barros (PDT-DF), disse, nesta quarta-feira (6), que vai “lutar” pela presença feminina na Mesa Diretora da Casa. A eleição ocorre em fevereiro de 2025. O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), é o favorito na disputa. Já a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) oficializou sua pré-candidatura ao posto, mas ainda aguarda o apoio oficial do próprio partido.

“Eu acho que é muito claro o anseio, isso não é na fala da líder da bancada, é quem está disputando, se apresentando, é na fala de outras senadoras que, sim, nós queremos mulheres na mesa e nós vamos lutar para isso”, declarou Leila.

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Na ocasião, ela comentava a candidatura de Eliziane e destacou que a senadora é “muito combativa” e “disposta a vir para esse fronte para fazer essa disputa”. O PDT já declarou apoio a Alcolumbre, mas Leila defendeu que Eliziane tenha a possibilidade de apresentar suas estratégias para presidir o Senado.

Apesar de destacar que Eliziane não deva desistir, Leila ressaltou a importância de ter uma mulher como titular na mesa do Senado. “É vergonhoso que, dentro da mesa do Senado, que nós não tenhamos uma vice-presidente, que não tenhamos uma secretária”, pontuou.


“A gente vê muitas mulheres figurando em cargos menores, de pouquíssima expressividade. Então eu espero que, de fato, assim como a sociedade devagar vem acordando para uma realidade que é real, a questão da misoginia, a questão do machismo, a sociedade patriarcal, que o Senado, o ambiente político entenda que é importante, é salutar, é necessário para a sociedade, para os ambientes de poder, a participação efetiva [das mulheres]”, continuou.

Em 200 anos de Senado, a Casa nunca elegeu uma mulher presidente. Até o momento, o cargo mais alto que uma mulher chegou na Casa foi o de primeira vice-presidente, em 2012, com a então senadora Marta Suplicy (PT-SP). Antes disso, apenas duas mulheres ocuparam espaços de poder na Mesa Diretora: Júnia Marise Azeredo Coutinho (PRN-MG) e Serys Marly Slhessarenko (PT-MT).


Entre 1993 e 1994, Júnia foi a terceira secretária da Casa. Três anos depois, ela ocupou o posto de terceira vice-presidente da Mesa por uma legislatura.

Serys foi segunda vice-presidente do Senado entre 2009 e 2010. Ela foi a primeira mulher a assumir provisoriamente a presidência da Casa, em 2010, durante licença do então presidente José Sarney.


Até o momento, Alcolumbre soma os apoios oficiais dos seguintes partidos: PL, PP, PSB e PDT, além do União. O Republicanos deve oficializar a adesão a candidatura dele. Já o PSD, maior bancada do Senado, ainda vai deliberar sobre o assunto.

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