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Em depoimento, Anderson Torres chama minuta do golpe de 'lixo, loucura e folclore'

O R7 verificou que o depoimento ao TSE durou cerca de uma hora e meia; ex-ministro afirmou que desconhece origem do documento

Brasília|Gabriela Coelho, Do R7, em Brasília

Delegado da PF de carreira, ex-ministro Anderson Torres está preso desde 14 de janeiro
Delegado da PF de carreira, ex-ministro Anderson Torres está preso desde 14 de janeiro Delegado da PF de carreira, ex-ministro Anderson Torres está preso desde 14 de janeiro

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres classificou a minuta de golpe encontrada em sua casa de "lixo, loucura e folclore". O ex-ministro prestou depoimento nesta quinta-feira (16) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em ação que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro. O R7 verificou que o depoimento, feito por videoconferência, durou cerca de uma hora e meia.

Torres respondeu a todas as perguntas e disse que desconhece a origem da minuta e quem teria feito o documento. Ele afirmou ainda que "não era comum", no governo Bolsonaro, receber documentos parecidos com a tal minuta.

O pedido para o ex-ministro ser ouvido foi feito pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves. O objetivo é esclarecer a minuta de um decreto de golpe de Estado e a participação dele em uma live feita por Bolsonaro com ataques às urnas eletrônicas.

No depoimento, Torres afirmou que não levou ao conhecimento do Bolsonaro a existência da minuta, mesmo depois das eleições, porque o ex-presidente teria ficado mais "na dele". O ex-ministro relatou ainda que, quando começou a ler o documento, viu que era "loucura, documento folclórico".

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O depoimento foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e também presidente do TSE.

Minuta do golpe

O documento de minuta foi encontrado em janeiro deste ano pela Polícia Federal na casa de Anderson Torres. A minuta (um rascunho) supostamente tinha como objetivo decretar Estado de defesa no TSE e tentaria mudar o resultado da eleição de 2022.

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Torres está preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão durante os atos que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Depoimento à CPI dos atos extremistas

A defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, informou na quarta-feira (15) ao STF que ele não quer prestar depoimento na CPI da Câmara Legislativa do DF que apura os atos extremistas de 8 de janeiro.

O interrogatório dele foi agendado para 23 de março. Contudo, segundo os advogados, como Torres já deu a sua versão dos episódios de vandalismo em depoimento à Polícia Federal, ele não tem nada de novo para comentar sobre o caso.

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