Em fevereiro, Mauro Cid disse ao Supremo que não solicitou nem tinha passaporte português
Tenente-coronel afirmou também que, como havia feito o acordo de delação, seria impossível viajar para o exterior

Em fevereiro deste ano, após ser cobrado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid disse à Corte que tinha dado entrada em um pedido de cidadania portuguesa em 11 de janeiro de 2023, mas que não tinha solicitado nem possuía passaporte português.
O tenente-coronel afirmou também que, como havia feito acordo de delação premiada, que prevê o uso de tornozeleira eletrônica, seria impossível viajar para o exterior sem autorização judicial.
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No documento, Mauro Cid explicou que a solicitação ocorreu pelo fato de que toda a sua família já possuía cidadania portuguesa.
Nesta sexta-feira (13), Cid foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal. Inicialmente, havia um mandado de prisão contra o militar, mas a medida foi revogada, conforme apurou o R7.
A operação faz parte de uma investigação da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre uma suposta tentativa de Cid de obter cidadania portuguesa para, em seguida, deixar o Brasil.
O ex-ministro do Turismo Gilson Machado foi detido na mesma operação. Segundo a Polícia Federal e a PGR, há indícios de que ele tentou ajudar Cid a fugir do país, solicitando um passaporte português em nome do militar.
Na segunda-feira (9), a PGR pediu a abertura de um inquérito para que Machado fosse investigado por obstruir investigações.
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