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R7 Brasília

Em julgamento no TSE, PDT diz que reunião com embaixadores quis 'desmoralizar instituições'

Partido é autor da ação que pode levar o ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade; defesa citou 'cegueira coletiva'

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL)
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL)

A defesa do PDT, autor da ação que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou, durante o julgamento da ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que são necessárias reflexões e que a reunião de Bolsonaro com embaixadores em 2022 teve o objetivo de "desmoralizar as instituições de forma intencional”.

"Como não há fatos? Será que vamos entrar novamente em estágio de cegueira coletiva? Houve uma reunião com claro desvio de finalidade para desmoralizar as instituições e de forma internacional. Utilizaram-se bens públicos para finalidades eleitorais, em várias vezes", afirmou o advogado Walber Agra.

A ação, que corre sob sigilo, apura a conduta do ex-presidente durante a reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, ocorrida em julho de 2022, quando Bolsonaro criticou o sistema eleitoral brasileiro, levantando suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e atacou ministros do TSE e do STF (Supremo Tribunal Federal). 

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Segundo o advogado, as fake news que povoam parte da realidade brasileira também estão presentes nesse processo.


“Não se trata de uma Aije [Ação de Investigação Judicial Eleitoral] de embaixadores, é uma Aije contra ataques sistemáticos ao sistema eleitoral. É a Aije em defesa das instituições, da democracia. Também não se está aqui tentando imputar responsabilidade pelo conjunto da obra", disse.

Segundo ele, cada fato representa "por si só" uma ofensa indesculpável para a democracia.


MPE defende inelegibilidade

O Ministério Público Eleitoral (MPE) já defendeu a inelegibilidade de Bolsonaro pela conduta dele no encontro com os diplomatas. Segundo o órgão, o discurso de desconfiança sobre as eleições feito pelo ex-presidente foi capaz de afetar a convicção de parte da população brasileira sobre a legitimidade do resultado das urnas.

Para o MPE, há indícios de abuso de poder político, abuso de autoridade, desvio de finalidade e uso indevido dos meios de comunicação por parte do ex-presidente Bolsonaro.

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