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R7 Brasília

Em ligação a Lula, premiê do Canadá elogia postura brasileira sobre eleições na Venezuela

Justin Trudeau reforçou apoio às iniciativas brasileiras; Brasil não reconhece nem nega reeleição de Maduro

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília


Canadense telefonou para Lula Ricardo Stuckert/Presidência da República - 21.5.2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu telefonema do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, nesta terça-feira (13). O canadense elogiou a postura do governo brasileiro em relação às eleições da Venezuela, contestadas por parte da comunidade internacional e pela oposição ao atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Até o momento, o Brasil não negou nem aceitou a reeleição de Maduro.

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Segundo o Palácio do Planalto, Trudeau reforçou o apoio canadense às ações do Brasil em defesa da democracia e da transparência do processo eleitoral na Venezuela. O líder do Canadá também citou os esforços brasileiros em busca de diálogo e em respeito ao Estado democrático de Direito.

Em resposta, Lula relembrou a atuação da comunidade internacional em relação a Juan Guaidó, opositor de Maduro que se autodeclarou presidente interino da Venezuela em janeiro de 2019. À época, Brasil e Canadá reconheceram a liderança de Guaidó — ação criticada por Lula nesta terça.

Na conversa, o brasileiro também condenou as sanções comerciais à Venezuela. Estados Unidos e União Europeia impuseram diversos bloqueios ao país em retaliação ao governo autoritário de Maduro.


Eleições na Venezuela

A oposição venezuelana foi representada no pleito de 28 de julho pelo candidato Edmundo González — que se autodeclarou vencedor das eleições na última segunda-feira (5). Ele diz ter recebido ao menos 70% dos votos.

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão venezuelano responsável pelo pleito, proclamou a reeleição de Maduro no dia seguinte à votação. No entanto, como as autoridades da Venezuela não apresentaram as atas das eleições, com os dados completas das urnas, o resultado não é aceito por todos.


Os governos de Brasil, Colômbia e México emitiram duas notas conjuntas em defesa da divulgação das informações — o primeiro texto é de 1º de agosto, quatro dias depois das eleições venezuelanas, e o segundo comunicado foi divulgado na última quinta (8).

“O mais importante é mantermos a América do Sul livre de conflitos, com prosperidade e harmonia”, afirmou Lula a Trudeau na ligação desta terça, ao destacar a iniciativa ao lado de Colômbia e México. Havia expectativa de uma ligação telefônica entre os três países e Maduro na segunda (12), o que não ocorreu.


Na conversa telefônica com o premiê canadense, o petista convidou Trudeau para a “reunião de líderes democráticos contra o extremismo”. O evento é uma iniciativa dele e do presidente da Espanha, Pedro Sanchéz, e deve ocorrer durante a próxima Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em setembro, em Nova York, nos Estados Unidos.

Embora Lula tenha declarado que não há nada “anormal” nem “grave” no processo eleitoral do país vizinho, a posição oficial do Executivo brasileiro é de não endossar nem refutar a vitória de Maduro enquanto as autoridades venezuelanas não divulgarem as informações.

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