Apesar da obstrução da oposição no plenário, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (1º) uma medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 938.458.061 para ao menos seis ministérios. A medida, que atende interesses do governo, foi aprovada em meio à pressão da oposição para a Casa pautar o projeto de lei que anistia os presos e condenados pelos atos extremistas do 8 de Janeiro. O recurso será voltado para ações de combate a seca e incêndios florestais no Pantanal e na Amazônia, além do enfrentamento da criminalidade, atenção à saúde, defesa civil e segurança alimentar.Dos ministérios contemplados estão o da Justiça, Saúde, Meio Ambiente e Mudança do Clima, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Integração e do Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e da Pesca e Aquicultura. Nesta terça, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que a bancada continuaria em obstrução no plenário e nas comissões até que a matéria entre na pauta. A fala foi feita após o partido aceitar mudanças no projeto de lei da anistia. A obstrução é uma medida usada por deputados que tem por objetivo atrasar o andamento de uma matéria. A forma mais comum é quando uma bancada orienta os parlamentares a não votarem em determinado projeto, reduzindo o quórum para deliberação. Durante a votação, 88 deputados votaram a favor da aprovação medida e outros 269 foram contrários. Conforme mostrou o R7, a proposta de anistia aos presos pelo 8 de Janeiro pode ter uma versão mais “branda” a fim de ganhar celeridade e votos na Câmara. Deputados de oposição avaliam uma anistia parcial aos condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).Na avaliação dos parlamentares, isso tornaria o texto menos radical. Ao todo, os condenados pelo 8 de Janeiro foram enquadrados em cinco crimes: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.Conforme o STF, a maioria dos condenados teve as ações classificadas como graves. As penas para esses réus variam de três anos a 17 anos e seis meses de prisão.A anistia estudada, em vez de total, perdoaria os crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa. A oposição acredita que tais condenações são injustas, pois considera que os atos não foram uma tentativa de golpe de Estado.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp