Em troca simbólica de comando, Lula e primeiro-ministro da Índia fazem balanço do G20
Brasil vai presidir o grupo de 1º de dezembro deste ano a 30 de novembro de 2024
Brasília|Do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou a participação na 18ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do G20 em um encontro com Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia. Lula assumiu a presidência simbólica do grupo das 19 maiores economias mais a União Europeia, neste domingo (10), principal instrumento de governança econômica global. O Brasil vai presidir o grupo de 1º de dezembro deste ano a 30 de novembro de 2024.
Entre as prioridades do Brasil durante o mandato rotativo estão combate à fome, à pobreza e à desigualdade; transição energética e desenvolvimento sustentável; e reforma do sistema de governança internacional.
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No encontro, Lula e Narendra fizeram um balanço da Cúpula e destacaram os 75 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Índia, celebrados neste ano. Os dois líderes se comprometeram ainda a promover diálogos entre os três parceiros do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas) e ressaltaram a importância estratégica do fórum, criado em 2003, na proteção e avanço dos interesses do Sul Global.
O Brasil planeja realizar reunião ministerial do Ibas à margem da Assembleia-Geral da ONU, em 22 de setembro, em Nova York (EUA). Em discurso anterior ao encontro, Lula também confirmou que o Brasil vai criar duas forças-tarefa para ampliar o combate à desigualdade ao longo da presidência brasileira: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.
Lula usou a oportunidade para falar sobre a tragédia no Rio Grande do Sul provocada pela passagem de um ciclone extratropical e a necessidade de preservar a natureza que, segundo ele, "continua dando demonstração de que nós precisamos cuidar dela com muito mais carinho".
O Brasil e a Índia são países democráticos, de vasta extensão territorial e com grande população. As semelhanças entre os dois países e a intensidade do relacionamento contribuem para a coordenação em mecanismos inter-regionais e foros plurilaterais, como o G20; o Brics; o Ibas; o G4, sobre reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas (formado por Alemanha, Brasil, Índia e Japão); e o Basic, sobre mudança do clima (formado por Brasil, África do Sul, Índia e China).