Em uma semana, quatro crianças são salvas de afogamentos no DF
Caso de criança de 2 anos ocorrido no último domingo reacende alerta; bombeiros orientam como evitar esse tipo de acidente
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
O caso da criança de 2 anos que se afogou dentro de casa, na região de Sobradinho (DF), no último domingo (6), reacendeu o alerta sobre redobrar a atenção para evitar afogamentos em residências. Em uma semana, esse é o quarto episódio envolvendo crianças entre 2 a 6 anos de idade.
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Em todos os casos, as vítimas tiveram paradas cardíacas e conseguiram ser reanimadas pelo CBMDF (Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal).
"Realmente chama a atenção essa frequência anormal. Tivemos dias seguidos de ocorrências desse tipo. Isso acende o alerta para que as pessoas não tirem os olhos das crianças em locais com piscina, lago ou qualquer tipo de meio aquático. Justamente pela imprevisibilidade delas [crianças] é precico ter cuidado redobrado", ressalta o tenente do CBMDF, Reginaldo Machado.
Proteção na área piscina
O acidente que envolveu um menino de 2 anos, no último domingo, chama a atenção especialmente para os riscos das lonas de piscina. A criança se afogou depois de cair em uma piscina que estava coberta pelo material.
"Não é só colocar a lona. Às vezes, isso pode ser até pior. Ela tem que estar presa, bem esticada, com as bordas bem encostadas na parede para que a criança não afunde caso venha a cair", explica o tenente Reginaldo Machado.
Outra orientação é cercar bem a área da piscina. Há opções, inclusive removíveis, que são mais baratas e igualmente eficientes.
"O cercamento e a proteção na área da piscina já evitam 80% dos acidentes de afogamento. Além disso, é ideal sempre deixar uma boia em cima da piscina que pode ser usada pela criança no momento do afogamento, facilita muito", diz Machado.
O que fazer
Em caso de afogamento, há algumas condutas que podem ser adotadas no momento do socorro. De acordo com os bombeiros, o primeiro passo é retirar a criança da água, em segurança, mas que não se tenha outra vítima. Em seguida, a vítima deve ser colocada em cima de superfície plana e rígida.
Quando a criança estiver sem respirar é preciso começar a massagem toráxica. Deve-se posicionar uma mão sobre a outra e comprimir bem no meio do peito da criança em movimentos ritmados e contínuos para que o coração volte a bater.
"O objetivo é alcançar o coração. Então essa pressão no peito deve atingir uns 5 centímentros, empurrando pra baixo. Mas é preciso muito cuidado para não quebrar as costelas", pondera o tenente Reginaldo Machado.
Enquanto a manobra é feita, outras pessoas devem ligar para o 193 para acionar o socorro do Corpo de Bombeiros. Em geral, além das viaturas, o resgate de helicóptero reforça esse tipo de atendimento. Ao chegar ao local, os socorristas continuam os procedimentos para ressuscitar a criança e, em seguida, vão transportá-la ao hospital.