Empresário que vendia joias para Neymar se entrega à polícia
Operação investiga a movimentação de R$ 16 milhões, além dos crimes de extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro
Brasília|Sarah Paes, do R7, em Brasília
O empresário Eduardo Rodrigues Silva, conhecido nas redes sociais como "Eduardo Joias", investigado pelos crimes de extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro na Operação Huitaca da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), se entregou à polícia na noite desta segunda-feira (30). A operação, que vai intimar o jogador Neymar Jr. como uma das testemunhas, prendeu outros três envolvidos na última sexta-feira (27).
Eduardo era considerado foragido pela polícia desde a última semana, quando a PCDF fez operação de busca e apreensão em Taguatinga, Park Way, Águas Claras, Vicente Pires e Ceilândia. Os alvos da operação são apontados como donos de um cassino de pôquer em Águas Claras e de empresas de fachada em Brasília e Goiânia. Segundo a polícia, o grupo criminoso movimentou R$ 16 milhões entre 2019 e 2021.
As investigações apontam que Eduardo seria dono de uma joalheira em Taguatinga e que vendeu jóias a Neymar e outros famoses. Ele se apresentou na delegacia acompanhado por advogados e, de acordo com os policiais, foi preso temporariamente.
Legalmente, ele pode permanecer preso por até cinco dias, mas a PCDF deve pedir a prorrogação do prazo por mais cinco dias.
Jóias entregues a Neymar
Na última sexta-feira, a PCDF informou que Neymar foi intimado como testemunha após a operação encontrar uma nota fiscal referente a venda de uma joia de diamantes e ouro branco que não condiz com a data de entrega do objeto.
Nas redes sociais, uma foto mostra Eduardo entregando a joia no ano de 2017. No entanto, a nota fiscal é do ano de 2019. A polícia também quer saber qual foi o valor pago pelo jogador.