Encontro com Pacheco no Senado encerra visita oficial de Macron ao Brasil
Mais cedo, francês se reuniu com Lula no Planalto, para reunião bilateral e assinatura de 23 acordos entre os dois países
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu o presidente da França no fim da tarde desta quinta-feira (28) no Congresso Nacional, em Brasília. O encontro marcou o fim da visita de três dias de Emmanuel Macron ao país. A reunião com Pacheco, que também preside o Congresso, faz parte do protocolo de eventos de chefes de Estado estrangeiros no Brasil.
Macron elogiou a democracia brasileira, a qual chamou de "muito viva". "Para nós, é uma fonte de inspiração ver a capacidade de resistência que vocês têm", destacou o líder europeu, ao agradecer a hospitalidade. Na visita ao Brasil, o francês também foi a Belém (PA), a Itaguaí (RJ) e a São Paulo (SP).
Ao chegar ao Congresso, Macron foi saudado pela Guarda de Honra militar, subiu a rampa do palácio, que estava coberta com um tapete vermelho, e foi recebido por Pacheco. O presidente do Senado agradeceu a visita e destacou que o fato de o encontro ocorrer na semana em que a Casa completa 200 anos é "marcante".
Mais cedo, Macron se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, para reunião bilateral e assinatura de acordos entre os dois países. Depois, foi servido um almoço em homenagem ao líder europeu no Palácio do Itamaraty.
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Dos documentos, 21 foram assinados nesta quinta-feira (28) e dois foram firmados em Belém (PA), na terça (26). Entre os temas, estão cooperação jurídica, biodiversidade, segurança energética, modernização da gestão pública, defesa civil, desenvolvimento sustentável, saúde, esportes, segurança, clima e gênero.
Lula defendeu, ao lado de Macron, um debate multilateral em torno da governança da inteligência artificial. De acordo com o brasileiro, o tema entrou no rol da agenda bilateral entre Brasil e França.
"Por essa razão o Brasil aderiu, em 2023, à iniciativa francesa Parceria para Informação e Democracia e seguirá trabalhando para promover e proteger a circulação de informação confiável. É tempo de promover um debate verdadeiramente multilateral em torno da governança da inteligência artificial. É inaceitável que um novo hiato separe os países ricos, detentores dessa tecnologia, dos países em desenvolvimento, onde o simples acesso à Internet permanece precário", disse Lula.