Entenda como funcionará base de defesa antiaérea do Brasil que terá mísseis capazes de derrubar jatos supersônicos
Projeto quer modernizar defesa antiaérea do Brasil até 2040
Brasília|Thays Martins, do R7, em Brasília
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O Exército brasileiro prepara a implementação de um sistema de defesa antiaérea inédito que deverá começar a operar em 2039. A base será em Jundiaí, no interior de São Paulo, que já foi rebatizada de 12º Grupo de Artilharia Antiaérea (12º GAAAe).
As atividades por lá começarão com os sistemas de defesa de baixa altura transferidos do 2º GAAAe (Praia Grande-SP). Segundo o Exército, no médio prazo, a unidade será dotada com baterias de mísseis de médio alcance. A intenção, do projeto chamado Força 40, é modernizar todo o sistema de defesa antiaérea do país.
O programa prevê a aquisição de mísseis que podem alcançar 15 km de altura, ou seja, mais alto do que os aviões comerciais voam, que normalmente é até 12 km. Além disso, os lançadores deveram ser capazes de chegar a um raio de 40 km. Os requisitos foram publicados em portaria de dezembro de 2024.
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A intenção é que um único míssil tenha capacidade de neutralização de 80% contra aeronaves de combate e helicópteros, 75% contra veículos aéreos remotamente pilotados; e 70% contra as demais ameaças.
Os alvos podem ser aeronaves de asa fixa que chegam a 800 metros por segundo, que é velocidade de aviões supersônicos; helicópteros em voo pairado ou desenvolvendo velocidade de até 80 metros por segundo; veículos aéreos remotamente pilotados, voando em alturas superiores a 100 metros e desenvolvendo velocidades de até 300 metros por segundo; mísseis de cruzeiro, voando em alturas superiores a 300 metros e desenvolvendo velocidades de até 800 metros por segundo; e bombas guiadas, voando em alturas superiores a 100 metros e desenvolvendo velocidades de até 300 metros por segundo.
Radares
Por sua vez, os radares deverão ter a capacidade de detectar pelo menos 150 diferentes vetores aéreos simultaneamente. Além disso, deverão detectar aeronaves de asa fixa de alta performance (como F-5 ou A-1) a uma distância máxima não inferior a 150 km.
Já as lançadoras devem ter capacidade de engajar ameaças aeroespaciais em 360 graus, sem perda de desempenho e sem a necessidade de movimentar a plataforma veicular terrestre.
Força 40
O projeto Força 40 do Exército tem como intuito traçar estratégias para o enfrentamento dos desafios que surgirão até 2040. Um dos braços do projeto é o programa Defesa Antiaérea. Segundo o Exército, os conflitos atuais têm mostrado o emprego intenso de aeronaves de asa fixa e de asa rotativa, de mísseis de cruzeiro e de sistemas de aeronaves remotamente pilotadas.
Por isso, as forças brasileiras precisam estar preparadas com sistemas de defesa antiaérea modernos e em quantidade suficiente. “Nesse contexto, o Programa Estratégico Defesa Antiaérea visa recuperar e obter as capacidades de defesa antiaérea de baixa, média e grande alturas, modernizando as organizações militares que compõem a Defesa Antiaérea da Força Terrestre”, diz o Exército.
Entenda o que são essas ameaças
- aeronaves de asa fixa e rotativas - são aviões com asas paradas ou helicópteros
- mísseis de cruzeiro - é um míssil guiado que transporta uma carga explosiva e é propulsionado, normalmente, por um motor a jato
- sistemas de aeronaves remotamente pilotadas - são aeronaves pilotadas remotamente por um piloto em solo
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