Equiparar organizações criminosas a terroristas é ‘equívoco’, diz diretor-geral da PF
Andrei Rodrigues é ouvido na CPMI do Crime Organizado nesta terça-feira
Brasília|Thays Martins, do R7, em Brasília
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A tentativa de mudar o enquadramento de organizações criminosas para serem entendidas como terroristas é um “equívoco”, disse o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, nesta terça-feira (18) na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Crime Organizado.
“É um erro técnico, inclusive, se falar de equiparação de institutos diferentes, de questões diferentes, que são o terrorismo com finalidade, propósito, meios diferentes do crime organizado, que são completamente cenários distintos. Nós entendemos um equívoco, para não falar de questões de soberania e de outras interferências que podem advir, inclusive para o sistema econômico, para as empresas brasileiras, dessa equivocada equiparação que alguns tentam fazer”, afirmou.
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O debate sobre a mudança de enquadramento ganhou força após a operação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que deixou 121 mortos. Parlamentares e governadores de oposição ao governo federal têm se mobilizado para aprovar projetos que classificam facções como organizações terroristas.
PL Antifacção
Andrei criticou a pressa na discussão do PL Antifacção, que pode ser votado nesta terça na Câmara dos Deputados. Além da parte que limitava a atuação da Polícia Federal, que constava no relatório deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), que foi retirado, o diretor-geral disse que ainda há outros pontos problemáticos.
“Remanescem alguns pontos que precisam de melhor maturação, por exemplo, estamos propondo uma legislação contra o crime organizado, ao passo que já existe uma legislação ao crime organizado. E isso poderia gerar um conflito de normas, que trará prejuízos, uma grande confusão processual, nulidades, trocas de foros, de competências, toda uma sorte de prejuízos em vez de ganhos para o sistema investigatório”, declarou Rodrigues.
Andrei Rodrigues ainda destacou que a instituição coopera com todos os estados no combate ao crime organizado. “Falo da questão da integração tão propalada, tão exaltada e necessária, e que a Polícia Federal já faz”, destacou, ressaltando o papel da FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado).
“Só no ano passado, senador Alessandro [Vieira], nós fizemos cerca de 300 operações, quase R$ 400 milhões apreendidos em mais de mil prisões, e este ano, nós já superamos esses dados, esses números, com essa integração real, verdadeira e efetiva que nós temos”, disse, durante participação
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