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R7 Brasília

‘Escolha muito pessoal, sem interferência’, diz Haddad sobre troca feita por Lula na Petrobras

Ministro da Fazenda diz que sabia da intenção de mudança no comando da estatal, mas que não participou da discussão

Brasília|Emerson Fonseca Fraga, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Haddad: 'presidente da Petrobras é quase ministro'
Haddad: 'presidente da Petrobras é quase ministro' Valter Campanato/Agência Brasil — Arquivo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (17) que sabia da intenção de troca na presidência da Petrobras, mas que não participou da discussão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto. “Sempre foi uma escolha muito especial dele, sem interferência de ministros”, disse.

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Para Haddad, “o presidente da Petrobras, regra geral, é quase um ministro. Tem que ter uma relação muito próxima com o presidente da República”. “É a maior companhia do país, estratégica por diversas razões. Então é natural que possa haver uma troca a depender do julgamento do chefe de Executivo”, afirmou.

A troca na Petrobras

O presidente Lula comunicou na última terça-feira (14) ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a demissão dele do cargo. Para o posto, foi indicada a engenheira civil Magda Chambriard, que foi diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) no governo de Dilma Rousseff (PT). O nome dela ainda precisa ser aprovado pelo Conselho de Administração da estatal.

Prates enfrentou, nos últimos meses, uma crise na Petrobras, especialmente depois que o Conselho de Administração decidiu reter R$ 43 bilhões em lucros extraordinários obtidos pela empresas e não os repassar aos acionistas de imediato. Prates disse a investidores que preferia ter distribuído 50% do valor, mas foi voto vencido. No fim, ele se absteve na votação.


A decisão de não distribuir os recursos foi uma orientação do próprio governo. Na votação do Conselho de Administração sobre o tema, cinco conselheiros indicados pelo Executivo e representante dos trabalhadores foram contra a distribuição. Os quatro representantes de acionistas minoritários votaram a favor da distribuição de 100%.

No dia da decisão, as ações fecharam em queda de 10,5%, o que significou perda de valor de mercado de R$ 55 bilhões em apenas um dia. Posteriormente, em abril, a companhia decidiu pagar 50% do valor aos acionistas.


A indicada

Magda Chambriard é engenheira civil formada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com mestrado em engenharia química pela mesma instituição. Atuou como empregada pública de carreira da Petrobras por 22 anos, entre 1980 e 2002.

Foi superintendente, diretora e diretora-geral da ANP entre 2012 e 2016 e consultora em energia da FGV (Fundação Getúlio Vargas) entre 2017 e 2023. Desde então, exerce cargo de assessora na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

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