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Substituição do presidente da Petrobras é discutida no governo

Lula deseja que a estatal colabore com maior geração de empregos no país e retome obras do setor de fertilizantes, dizem fontes

Economia|Do R7

Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobras
Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobras

Integrantes do governo brasileiro têm conversado sobre uma possível substituição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Eles estariam descontentes com os rumos da empresa e, além disso, a relação do executivo com gente do alto escalão da gestão federal estaria ruim, disseram fontes com conhecimento do assunto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também não estaria satisfeito com a atuação do CEO da estatal.

Em uma reunião neste mês, Lula pediu a Prates mudanças no plano de investimento da Petrobras. O plano, que está em elaboração, tem previsão de ser divulgado ainda este mês, mas antes disso, ainda nesta semana, Prates deve ser chamado a Brasília, após voltar de uma viagem de negócios pela Europa. 

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Lula quer mais contratações no Brasil para a construção de embarcações que serão usadas pela Petrobras, para que a empresa colabore com uma maior geração de empregos no país. Além disso, o presidente defende que a estatal retome antes obras do setor de fertilizantes, produto que o Brasil tem ampla dependência de importações, embora seja uma potência agrícola.

Uma segunda fonte próxima das discussões, que também falou na condição de anonimato, acredita que Prates deverá ser substituído em algum momento, mas ainda não há um candidato pronto para assumir o posto.


Procurados, o Palácio do Planalto e a Petrobras não comentaram o assunto imediatamente.

Nesta segunda-feira (20), veículos da imprensa nacional publicaram que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, vai apresentar a Lula nesta semana a sugestão de um nome de substituto para Prates, "com quem vem travando uma guerra interna no governo já há alguns meses".

Costa gostaria de emplacar no lugar de Prates uma pessoa de sua confiança, como o secretário do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), Marcus Cavalcanti que, em sua gestão como governador da Bahia, foi secretário de Infraestrutura.

Em publicação na rede social X, Costa disse que as informações publicadas "não são verdadeiras". "Apesar de ser citado nesta matéria [onde a informação foi publicada], quero informar que não fui procurado e nem ouvido antes da publicação", afirmou.

A questão sobre os preços de combustíveis também tem gerado alguma tensão na relação de Prates com o governo. No final de semana, o executivo afirmou que a Petrobras avançou com uma nova estratégia comercial que prioriza o não repasse da volatilidade do mercado internacional do petróleo.

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Em determinado momento do post, Prates destacou que, "para que o MME (Ministério de Minas e Energia), órgão da União, possa orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente, será necessário seguir a Lei 13.303/16 e o Estatuto Social (art. 3o, parágrafo 4o e seguintes)".

Ele citou que, pelas regras, para a União determinar preços mais baixos da Petrobras, uma série de medidas deveriam ser tomadas.

Também afirmou que uma proposta de orientação da União deveria ser submetida ao Comitê de Investimentos e ao Comitê de Minoritários, "que avaliará se as condições a serem assumidas pela Petrobras requerem que a União compense a Petrobras pela diferença" de preços.

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