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Estudante, brincalhão, com sonho de ser médico: conheça a história do jovem morto em assalto no DF

Bernardo Peres Brasil tinha 18 anos e vivia com a mãe em Águas Claras e tinha acabado de iniciar um relacionamento

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Bernardo Peres Brasil, 18 anos
Bernardo Peres Brasil, 18 anos Bernardo Peres Brasil, 18 anos

Um "gentleman". Assim resume Rita Peres, tia e madrinha de Bernardo Peres Brasil, morto aos 18 anos no Distrito Federal após ser esfaqueado na última sexta-feira (2). O jovem, que tinha o sonho de ser médico, tinha saído do cinema e acompanhava a namorada até a casa dela, em Samambaia, quando foi abordado por dois homens. Um deles o esfaqueou no peito e roubou os pertences do casal.

A tia do estudante o definiu como um "menino de bom coração" e disse que ele estava descobrindo o amor. "Estava se apaixonando pela primeira vez, nunca tinha namorado. Ele não poupava palavras para dizer que amava a gente, diferente dos adolescentes de hoje", lembra Rita.

Origem

A família de Bernardo é de Bagé (RS), onde ele nasceu, em 19 de abril de 2004. No ano seguinte, a família se mudou para o Distrito Federal, após o pai, José Gustavo Sousa Peres, que é militar, ser transferido para a capital. O menino foi matriculado no Colégio Militar de Brasília (CMB).

"Ele cresceu em Brasília, mas todos os anos a gente se via, ele vinha passar o fim de ano em Bagé, minhas filhas tinham ele como um irmão", conta a tia. Depois que os pais se separaram, Bernardo passou e frequentar também Belo Horizonte (MG), onde o pai foi morar. No DF, ele dividia apartamento com a mãe, em Águas Claras.

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Jovem atleta

O amigo, Arthur Tavares, que conviveu com Bernardo desde o 9º ano, reforça que ele era brincalhão. Ele diz que, desde os 16 anos, Bernardo se dedicava aos esportes. "Ele estava indo dormir às 22h, acordava cedo, já fazia a ioga dele, ia direto preparar a comida", relata Arthur.

O amigo conta que o jovem estava fazendo calistenia, uma série de exercícios que usam apenas o peso do próprio corpo. "Ia treinar a calistenia dele de manhã, depois voltava para casa e já passava o dia inteiro estudando". 

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Segundo ele, os treinos tinham como trilha sonora os temas de desenhos de animação japoneses, animes, em remix. "Nunca vou esquecer isso", afirma Arthur. O último contato com o amigo foi no dia da morte, na sexta-feira (2). "A gente estava combinando um futebol que íamos jogar sábado".

Literatura e música

O gosto pela literatura e pela música também chamavam a atenção dos parentes. Bernardo gostava da obra de Machado de Assis. Entre os artistas que mais ouvia, estavam Legião Urbana, Cartola e até Pixinguinha.

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Sonho de ser médico

Depois que concluiu o Ensino Médio em 2021, Bernardo fazia cursinho pré-vestibular e se preparava para tentar uma vaga em Medicina. Ele tinha a ambição de integrar a Organização Não-Governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras.

Espiritualidade

"A passagem dele na Terra foi só de alegria", assegura a tia. "Um dia, ele disse para mim: 'Tia, se não tiver o que pensar, reza, é a única saída'. São as lembranças que ficam apesar da dor. Eu encaro ele como um anjo. Vai passar a dor e ficar a saudade", diz.

Crime

O estudante estava com a namorada em uma praça na QR 208 de Samambaia, quando foi surpreendido por dois homens que anunciaram o roubo. Um deles deu uma facada no peito de Bernardo e fugiu levando os pertences do casal. Câmeras de segurança do local filmaram a ação dos criminosos. 

A Polícia Civil informou que já identificou um dos autores do crime, e trabalha para localizar e prender o suspeito.

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