Ex-assessor de Bolsonaro ficará preso em batalhão do Exército
Marcelo Câmara teve a prisão decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes
Brasília|Da Agência Brasil

A Polícia Federal informou ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ficará preso nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília.
Coronel do Exército, Câmara teve a prisão decretada nesta quarta-feira (18) por Moraes ao descumprir uma medida cautelar estabelecida pelo ministro que proibia a utilização de redes sociais por ele ou por terceiros pessoa. A prisão foi cumprida por volta das 16h50 na casa dele, localizada em Sobradinho, cidade do Distrito Federal.
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Na terça-feira (17), o advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, informou ao Supremo que foi procurado pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, por meio das redes sociais, e que eles interagiram, conduta que estava proibida pela cautelar. O defensor aproveitou o conteúdo da conversa para pedir a anulação da delação de Cid.
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Na decisão, Moraes disse que o defensor “transbordou ilicitamente das obrigações legais de advogado” e considerou “gravíssima” a possível tentativa de obstrução da investigação da trama golpista.
O ministro também determinou a abertura de um inquérito para investigar o advogado e seu cliente, que é um dos réus do “núcleo 2″ do grupo que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022. Os réus desse grupo são acusados de organizar ações para “sustentar a permanência ilegítima” de Bolsonaro no poder.
O ministro ordenou que os dois prestem depoimento à Polícia Federal em até 15 dias. Moraes também mandou a corporação ouvir o depoimento de Cid.
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