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R7 Brasília

Ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça presta depoimento à PF

Marília será ouvida no inquérito que apura a suspeita de uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral de 2022  

Brasília|Do R7

Marília Alencar
Marília Alencar

A ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça Marília Ferreira Alencar prestou depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (11) para esclarecer informações sobre a interdição nas rodovias durante o segundo turno das eleições do ano passado. Marília será ouvida no inquérito que apura a suspeita de uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral do ano passado e levou ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques à prisão. 

A PF obteve acesso a um mapa que as regiões onde havia a concentração de votos no primeiro turno da eleição de 2022 para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a corporação, o mapa foi encontrado no celular de Marília Alencar, então diretora de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Mapa mostra locais onde Lula teve mais votos no 1º turno da eleição
Mapa mostra locais onde Lula teve mais votos no 1º turno da eleição

O mapa ainda teria sido usado pelo ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, preso nessa quarta-feira (9) por suspeita de uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral do ano passado.

Entenda a operação

A Polícia Federal prendeu o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques na manhã desta quarta-feira (9). Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a PF, os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro de 2022 e, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste.


O relatório da Polícia Federal (PF) que pediu a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques mostrou que dois servidores mentiram em depoimento em reverência ao ex-diretor e que a liberdade dele teria poder de influenciar a declaração de eventuais testemunhas. O documento conclui, ainda, que a prisão de Silvinei visa permitir a produção de elementos probatórios sem interferências.

Leia mais: Advogado descarta acordo de Silvinei Vasques com PF: 'Delação premiada é para bandido'


8 de janeiro

Em março, Marília prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal e afirmou que as forças de segurança da capital foram informadas sobre a vinda de manifestantes para Brasília às vésperas do 8 de janeiro

Marília, que é delegada da Polícia Federal e ligada a Torres, afirmou que o trabalho de inteligência feito às vésperas e no próprio dia 8 de janeiro foi bem executado. Ela também defendeu a inteligência da Polícia Militar.

Na oitiva, ela ainda disse que as autoridades recebiam informações sobre os ânimos no acampamento inclusive no dia da invasão. Por outro lado, disse não poder opinar sobre a atuação e o efetivo usado pela PM no dia dos atos de vandalismo.

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