Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Exército exonera de cargos de comando oficiais investigados em operação sobre tentativa de golpe

Tenentes-oficiais ocupavam postos de comando; eles são investigados na operação que prendeu ex-assessores de Bolsonaro

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Militares foram retirados de postos de comando
Militares foram retirados de postos de comando Antônio Cruz/Agência Brasil

O Exército Brasileiro exonerou nesta quarta-feira (14) dois militares investigados pela Polícia Federal por suposto envolvimento na tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado democrático de Direito. Os tenentes-coronéis Guilherme Marques Almeida e Hélio Ferreira Lima ocupavam, respectivamente, o comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas de Goiânia (GO) e da 3ª Companhia de Forças Especiais de Manaus (AM).

Eles perderam os cargos de liderança, mas permanecem no Exército. A portaria com as exonerações foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta (14) e é assinada pelo comandante da instituição, general Tomás Paiva.

Em nota ao R7, o Centro de Comunicação Social do Exército informou que as exonerações ocorreram conforme as "decisões jurídicas acerca do assunto". "O Exército, enquanto Instituição que prima pela legalidade e pela harmonia entre os demais entes da República, colabora com as autoridades responsáveis pelas investigações conduzidas", completou.

Leia mais: Entenda a operação da PF que investiga tentativa de golpe de Estado em prol de Bolsonaro


Os tenentes-coronéis foram alvo da operação realizada na semana passada pela Polícia Federal, junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 14 militares. Eles teriam relação com a divulgação de notícias falsas sobre as eleições presidenciais de 2022 e apoio às ações golpistas, como a manutenção do acampamento em frente ao quartel do Exército em Brasília.

Leia também

De acordo com a PF, os militares são investigados por duas formas de atuação. A primeira é a produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à lisura das eleições presidenciais de 2022 para estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, para criar um ambiente propício para o golpe de Estado, e de estímulo que buscava a adesão de outros militares ao crime.


O segundo ponto é de apoio às ações golpistas, reuniões e planejamentos de ações para manter as manifestações em frente aos quartéis militares, incluindo mobilização, logística e financiamento de militares das Forças Especiais.

Confira os outros militares alvos da PF na semana passada

• Angelo Martins Denicoli;


• Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros;

• Walter Souza Braga Netto;

• Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho;

• Ailton Gonçalves Moraes Barros;

• Bernardo Romão Correa Neto;

• Almir Garnier Santos;

• Mário Fernandes;

• Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira;

• Laércio Vergílio;

• Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira;

• Augusto Heleno Ribeiro Pereira;

• Rafael Martins de Oliveira; e

• Marcelo Costa Câmara.

Relembre

Bolsonaro foi um dos alvos da operação que a Polícia Federal realizou na última quinta-feira (8) em nove estados e no Distrito Federal para apurar a participação de pessoas na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito, para obter vantagem política com a manutenção do ex-chefe do Executivo no poder. Foi determinada a apreensão do passaporte do ex-presidente, e os agentes aplicaram outras medidas restritivas a ele.

Entre os alvos, além de Bolsonaro, estão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa). A PF prendeu o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República Filipe Martins e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Marcelo Câmara.

Ao todo, os agentes cumprem 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.