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Fachin condena ‘erosão da democracia’ e defende direitos humanos

Próximo presidente do STF defendeu cooperação internacional no Judiciário

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O ministro Edson Fachin defendeu a cooperação internacional no Judiciário e o fortalecimento dos direitos humanos na América Latina.
  • Fachin criticou os ataques à democracia e à independência judicial, destacando a preocupação com as tentativas de erosão democrática nas Américas.
  • As declarações ocorreram após represálias dos EUA ao STF em relação ao julgamento de Jair Bolsonaro, com revogação de vistos e punições a ministros.
  • O ministro afirmou que é dever do Supremo respeitar e proteger os direitos humanos, integrando legislações nacionais e internacionais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Ministro Edson Fachin em Sessão plenária do STF.
Fachin vai assumir presidência do STF em setembro Ton Molina/STF - 26.6.2025

O ministro Edson Fachin, próximo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), defendeu nesta terça-feira (12) a cooperação internacional no Judiciário, o fortalecimento dos direitos humanos na América Latina e fez críticas à “erosão da democracia” e aos “ataques à independência judicial”.

As declarações foram feitas em um evento realizado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em meio aos crescentes atritos entre Brasil e Estados Unidos.


“Vivemos tempos de apreensão, com tentativas de erosão democráticas e com ataques à independência judicial nas Américas. É aí que se situam essas próprias tentativas de enfraquecimento da convenção e das decisões da Corte Interamericana”, afirmou o magistrado.

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As críticas se deram após represálias dos EUA ao Supremo com o intuito de paralisar o julgamento de Jair Bolsonaro (PL). O governo americano revogou o visto de ministros da corte e aplicou punições ainda mais duras contra Alexandre de Moraes, que conduz o processo, com o intuito de blindar o ex-presidente.


Defendendo os direitos humanos, Fachin disse que é papel do Supremo fomentar a discussão na América Latina. “Ainda hoje, lamentavelmente, persiste em alguns espaços a ideia de que os direitos humanos encampam uma agenda contra o Estado. Não procede esse tipo de conclusão.”

Durante o evento, que premiou juízes que observaram tratados internacionais sobre direitos humanos em vigor no Brasil, Fachin defendeu a cooperação.


“Devemos nos despir de uma visão estática do Direito, descontextualizada do tempo e do espaço que habitamos, não nos cabe mais uma visão que separa o direito interno do internacional”, afirmou.

“Temos à nossa frente o dever de dar efetividade aos compromissos assumidos soberanamente pelo Brasil. Dever de respeitar, de defender e de proteger os direitos humanos em nossa região, integrando e harmonizando a legislação doméstica à legislação internacional”, ressaltou.


Anteriormente, Fachin já tinha defendido a soberania nacional e o ministro Alexandre de Moraes, que será seu vice no STF, dos ataques dos EUA. Criticando a aplicação da Lei Magnitsky contra o magistrado, ele afirmou que a medida se trata de uma “interferência indevida” e “discórdia institucional”.

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