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Fala do novo ministro da Defesa gera incômodo entre aliados de Lula

Para José Múcio Monteiro, as manifestações em frente aos quartéis são democráticas e vão se esvair naturalmente

Brasília|Do R7

Cerimônia de posse do novo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro (ao centro, de terno)
Cerimônia de posse do novo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro (ao centro, de terno) Cerimônia de posse do novo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro (ao centro, de terno)

As declarações feitas pelo novo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, durante a cerimônia de posse, nesta segunda-feira (2), geraram mal-estar entre aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Múcio afirmou que as Forças Armadas sempre se posicionaram a favor da democracia, que os militares têm senso de responsabilidade e avaliou como legítimas as manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em frente aos quartéis do Exército em vários estados do país.

"Aquelas manifestações, no acampamento, falo com autoridade porque tenho parentes lá, na do Recife. Tenho alguns amigos aqui, e é uma manifestação da democracia. Aos pouquinhos aquilo vai se esvair e vai chegar ao lugar que todos nós queremos", afirmou Múcio.

"Apesar de sua relevante dimensão geopolítica, o Brasil e nossas Forças Armadas sempre se posicionaram a serviço da paz, da democracia, do respeito às instituições e da cooperação com seus vizinhos... São instituições de Estado, respeitáveis e ciosas de seus papéis constitucionais, regidas pelos princípios da hierarquia e da disciplina, nelas profundamente arraigados", completou Múcio.

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O episódio gerou incômodo entre aliados de Lula, uma vez que o grupo avalia as manifestações em frente aos quartéis como antidemocráticas por pedirem intervenção militar em resposta ao resultado das eleições.

A própria presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, afirmou publicamente que o direito de manifestação não se aplica em relação a atos contra a democracia, "que devem ser tratados pelo nome: golpismo; e [que devem ser] combatidos, não são [atos] pacíficos nem ordeiros".

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