Frente Parlamentar de Serviços é reinstalada e trata reforma tributária como prioridade
Grupo de deputados e senadores foca em sete pontos centrais com projetos para facilitar créditos e garantir empregabilidade
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
A Frente Parlamentar de Serviços (FPS) foi reinstalada nesta terça-feira (11) com foco na reforma tributária. Já na primeira reunião, o grupo formado por senadores e deputados levantou junto a empresários do setor sete pontos prioritários para trabalhar.
Além de uma reforma tributária "justa" para o setor de serviços, os parlamentares querem incentivos à capacidade de empregabilidade, destravamento do acesso ao crédito, remodelação do pagamento de dívidas, atualização da legislação trabalhista e as regulamentações da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e da inteligência artificial no Brasil.
Presidente da frente, o deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE) destacou a importância do setor para a economia do país, sobretudo na geração de emprego. "Para se ter uma ideia, em 2022, o setor de serviços, dos 2,9% de crescimento do PIB, representou 2,4%. Ou seja, é impactante e fundamental nessa necessidade de crescer o país", afirmou.
Em uma cerimônia que contou com a presença de parlamentares e empresários do setor, foi anunciado o compromisso de trabalhar para remodelar o pagamento de dívidas tributárias, trabalhistas e previdenciárias. "É preciso garantir viabilidade de pagamento a todos aqueles que desejam entrar na formalidade", completou Coutinho.
O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem, deputado e ex-catador Carlos Gomes (Republicanos-RS), marcou presença na instalação, ressaltando a interlocução entre os grupos de trabalho. "É preciso trazer para formalidade os trabalhadores. Aqui cito os catadores. O serviço é um setor caro para economia porque está em todos os pontos", disse Gomes, que também é membro da FPS.
Atualmente, a FPS conta com 215 parlamentares. Ainda não há data para a próxima reunião do grupo, mas ideia é articular as demandas da frente com outros setores da economia que conversam com serviços a fim de dar peso às reivindicações.