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G20 no Brasil: quais impactos práticos a população pode esperar

Presidência do Brasil neste evento internacional permite que o país busque um papel de maior destaque global

Brasília|Giovana Cardoso e Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

G20 no Brasil: quais impactos práticos a população pode esperar
Temas como o combate à fome, pobreza e desigualdade estão na pauta do evento Divulgação/Audiovisual G20 Brasil - Arquivo

O Brasil está pela primeira vez na presidência do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.

Durante a cúpula, que ocorre no Rio de Janeiro esta semana, o país terá a oportunidade de liderar discussões focadas em temas como a reforma da governança global, o desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental, e o combate à fome, pobreza e desigualdade.

No entanto, especialistas escutados pelo R7 indicam que a capacidade de influenciar as decisões do grupo pode ser limitada, especialmente diante de desafios para equilibrar as agendas dos países do Sul Global com as de nações mais ricas.

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A professora de direito internacional da USP (Universidade de São Paulo) Maristela Basso acredita que o Brasil tem potencial para impulsionar avanços em áreas como mudanças climáticas, segurança e inteligência artificial, mas ressalta que há riscos de que esses esforços sejam comprometidos por falta de alinhamento e clareza nas propostas.


Já o economista e doutor em relações internacionais Igor Lucena alerta que mudanças políticas nos Estados Unidos, com a futura nova administração de Donald Trump, podem desviar o foco de discussões ambientais, reduzindo a relevância da transição verde nas prioridades do G20.

Lucena enfatiza que o Brasil precisará se empenhar para garantir que suas pautas prioritárias, como o meio ambiente e o combate à fome, não sejam suplantadas pelas mudanças nas prioridades internacionais.


Oportunidade estratégica

Apesar dos desafios, a presidência do G20 é vista como uma oportunidade estratégica. Maristela Basso observa que a liderança brasileira traz visibilidade e pode impulsionar a agenda progressista dos países em desenvolvimento.

Gabriela Sabino, especialista em políticas públicas, complementa que o evento também proporciona uma chance de promover o desenvolvimento sustentável e a justiça social, além de reforçar a imagem do Brasil como um ator global relevante e estimular o turismo por meio da diversidade cultural e econômica.

Nos dias 18 e 19 de novembro, a Cúpula dos Líderes será o ponto alto do evento, abordando questões macroeconômicas e desafios globais, reafirmando o potencial do Brasil de influenciar os rumos das discussões internacionais e sua importância na formulação de estratégias que moldam o futuro coletivo.

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