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GDF regulamenta uso de cartão de débito e crédito nos ônibus da capital

Diversos ônibus do DF deixam de receber dinheiro em espécie em 1º de julho; medida é motivo de embate

Brasília|Do R7, em Brasília


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Dinheiro deixa de ser aceito a partir de 1º de julho Dênio Simões/Agência Brasília. -

O Governo do Distrito Federal regulamentou em publicação desta sexta-feira (14) no Diário Oficial o uso de cartão de crédito e débito nos ônibus da capital do país. No mês passado o governo já havia publicado decreto sobre o fim das passagens em dinheiros no transporte público a partir de 1º de julho. Os cartões aceitos serão os que permitem aproximação, tais como Europay, MasterCard e Visa.

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O decreto também ressalta que o uso de celulares e pulseiras inteligentes que permitem os pagamentos em crédito e débito também serão permitidos. No entanto, o meio de pagamento não realiza a integração das passagens, como o uso do Cartão Mobilidade. Com ele, o passageiro pode pegar até três ônibus em um intervalo de 3h no mesmo sentido e pagar uma tarifa única de R$ 5,50.

Segundo o secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Zeno Gonçalves, o processo será gradativo. Segundo ele, 65% das linhas da capital federal adotam o pagamento em dinheiro e aquelas com o menor percentual serão as primeiras a adotarem o novo método de cobrança nas tarifas.

“Estamos implantando um sistema moderno e seguro, retirando de forma gradual a circulação de dinheiro dos ônibus e oferecendo diversas opões para o pagamento das passagens por meio eletrônico”, explica o secretário.


Vale lembrar que além dos cartões de débito e crédito, seguem sendo possível usar nas catracas o vale-transporte, cartão mobilidade e QR Code.

Questionamentos

A medida, contudo, tem causado embate. O diretório regional do PSOL no Distrito Federal acionou no começo deste mês o Ministério Público contra o fim de pagamento em dinheiro nos ônibus. Na avaliação da presidente do partido no DF, Giulia Tadini, “impossibilitar o pagamento em dinheiro direto na catraca é excludente, principalmente para os mais pobres”.


“Muitas pessoas não têm conta bancária. Mesmo quem tem, prefere pagar em dinheiro, porque o sistema de recargas do cartão não está pronto para atender a demanda. São muito poucos pontos de recarga em dinheiro. As outras opções de pagamento também não estão viabilizadas: o sistema de recarga via pix demora dias para compensar, e a grande maioria das catracas não tem opção de máquina de leitura direta de cartão de crédito e débito”, avalia.

O pedido acrescenta que a proposta, no lugar de ampliar e democratizar o acesso, “restringe, exclui e faz mais complexo e burocrático o uso do sistema público de transporte coletivo”. O pagamento das passagens, segundo decreto da Semob, seria feito pelo aplicativo do BRB, nos terminais de recarga ou usando o cartão de crédito direto na catraca.

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