O advogado criminalista Cleber Lopes, que integra a equipe de defensores do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), publicou um vídeo nesta segunda-feira (14) em defesa do chefe do Executivo distrital. Na gravação (veja no vídeo acima), Lopes afirma que o governador "jamais cogitou de participar de qualquer ato de violência em relação às instituições desse país". Ibaneis está afastado do cargo desde 9 de janeiro, suspeito de omissão em relação aos atos de vandalismo que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília. "A defesa do governador Ibaneis Rocha sempre defendeu a sua inocência. Mesmo respeitando a decisão tomada pelo ministro [do Supremo Tribunal Federal (STF)] Alexandre de Moraes em 9 de janeiro, mesmo compreendendo a gravidade dos fatos, a defesa sempre procurou demonstrar de maneira respeitosa a inocência do governador", destacou o defensor na primeira parte do vídeo. Cléber Lopes afirmou também que a defesa apresentou "documentos no âmbito do inquérito" e que levaram o governador "espontaneamente" para depor. Para ele, a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo retorno de Ibaneis ao cargo é uma evidência da inocência do chefe do Executivo. O posicionamento do defensor ocorre três dias depois de a PGR enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação em que pede que a Corte suspenda a decisão do ministro Alexandre de Moraes que afastou Ibaneis do cargo. O afastamento determinado pelo período de 90 dias chega ao fim em 9 de abril. Na manifestação, o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos afirma que os elementos reunidos até o momento da apuração não permitem concluir que o retorno de Ibaneis à função de governador impeça a coleta de provas, obstrua as investigações em andamento, ponha em risco a ordem pública ou a aplicação da lei penal. "Portanto, atualmente, não estão preenchidos os requisitos da medida cautelar de afastamento da função pública, sem embargo da futura análise a respeito da existência ou não de provas para a responsabilização penal, quando terminada a colheita dos elementos de convicção para formação da opinio delicti", afirmou o procurador.