Governadora do DF em exercício diz que 'houve falha no comando da segurança'
Celina Leão (PP) falou sobre o assunto ao ser questionada sobre as atitudes do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres
Brasília|Camila Costa, do R7, em Brasília
A governadora do Distrito Federal em exercício, Celina Leão (PP), afirmou nesta sexta-feira (13) que os atos de vandalismo que resultaram na depredação dos prédios dos três poderes da República em Brasília, no último domingo (8), ocorreram porque "houve falha no comando da segurança pública".
A fala da atual chefe do Executivo distrital ocorreu após uma reunião com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o interventor federal do Distrito Federal, Ricardo Cappelli. O encontro foi realizado a pedido da própria Celina Leão para tratar sobre o balanço das ações voltadas para a área da segurança pública no DF.
A governadora em exercício se manifestou sobre o assunto ao ser questionada sobre as atitudes do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, que foi exonerado do cargo pelo governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) horas após o início das manifestações.
"O próprio inquérito vai falar por si que houve falhas gravíssimas, houve falha no comando da segurança pública. Isso ficou muito evidente. Então, acho que o inquérito vai trazer à tona toda essa movimentação de como aconteceu, porquê, onde e quando", afirmou Celina, em referência à investigação ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O vídeo abaixo mostra Celina chegando o Ministério da Justiça e Segurança Pública:
Celina no comando do DF
Celina foi eleita vice-governadora nas últimas eleições na chapa com Ibaneis Rocha. Ela assumiu o Governo do DF depois que Ibaneis foi afastado do cargo a pedido do ministro de Moraes, após os atos de vandalismo nos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF.
A decisão que afastou Ibaneis por 90 dias foi confirmada pela maioria dos ministros do Supremo na última quarta-feira (11).
Segundo o governadora afastado, pode ter havido sabotagem de policiais militares durante o ato em Brasília. Por meio dos advogados que o representam, Alberto Toron e Cléber Lopes, Ibaneis alega ter recebido informações incorretas sobre as ações de segurança na Esplanada dos Ministérios no dia em que extremistas vandalizaram as sedes dos Três Poderes.