O ministro do GSI, Marcos Amaro, e Lula
Foto: Ricardo Stuckert/PRO governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia reforçar a segurança do Palácio do Planalto, após o ataque à sede do Executivo, realizado em 8 de janeiro deste ano. Entre as medidas estudadas pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo ministro Marcos Amaro, estão a blindagem dos vidros do piso térreo e câmeras com reconhecimento facial.
Veja também
-
Brasília
Lula conversa com Putin e se diz à disposição para ajudar a dar fim à guerra com a Ucrânia
-
Christina Lemos
Compartilhamento de provas com STF pode abreviar CPMI do 8/1; saiba mais
-
Economia
Gasto de brasileiros no exterior supera R$ 22 bilhões entre janeiro e abril, maior valor em quatro anos
"Uma delas, e já estamos trabalhando de maneira célere, é a blindagem dos vidros do piso térreo do Palácio do Planalto. A blindagem dos vidros certamente vai impedir coisas semelhantes que possam acontecer novamente", afirmou Amaro à Comissão de Segurança Pública, da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (24).
"Nós estamos reforçando postos de segurança para compensar as desvantagens que temos no enfrentamento dessas possibilidades de invasão. Os efetivos são dimensionados de acordo com o grau de ameaça, que depende de informações corretas", completou, sem citar o número de vagas.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
A pasta comandada pelo ministro avalia, ainda, a implementação de câmeras com reconhecimento facial. As medidas também são estudadas para o Palácio da Alvorada. Não há, porém, data para efetiva para execução do plano. Durante audiência na comissão, o ministro do GSI lembrou de um acidente que motivou, segundo Amaro, a implementação do espelho d’água em frente à sede do Executivo.
"Eu cito, por exemplo, e aí tem um problema da arquitetura do Palácio. No ano de 1989, um motorista de ônibus, por uma razão pessoal, ingressou com o ônibus no Palácio do Planalto. E foi isso que motivou posteriormente a construção daquele espelho d’água, para impedir que casos como aquele voltassem a ocorrer", contou.
Os atos de vandalismo na praça dos Três Poderes, em Brasília, deixaram um prejuízo de ao menos R$ 21 milhões ao poder público. A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Justiça Federal que aqueles que participaram das depredações sejam obrigados em definitivo a ressarcir R$ 20,7 milhões.
O Congresso instalou na última quinta-feira (25) a comissão mista parlamentar de inquérito (CPMI) para apurar os ataques do 8 de Janeiro. A maioria fechou acordo para eleger os líderes dos trabalhos. O deputado Arthur Maia (União-BA) foi o indicado para a presidência da CPMI, ficando a primeira vice-presidência com o senador Cid Gomes (PDT-CE) e a segunda vice-presidência com Magno Malta (PL-ES). Já a relatoria ficou com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Pelo lado dos parlamentares de oposição, um dos alvos da CPMI de 8 de Janeiro deve ser o ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias. No final de abril, o ex-titular deixou o cargo após imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostrarem que ele estava no prédio quando a sede do Executivo foi palco de atos de vandalismo, em 8 de janeiro. Em seu lugar, assumiu Marcos Amaro.