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R7 Brasília

Governo confirma troca de cadernos de provas no CNU, mas diz que segurança não foi afetada

Fiscais entregaram a candidatos, pela manhã, questionários que só deveriam ser respondidos à tarde, admite MGI

Brasília|Jéssica Gotlib, do R7, em Brasília


Candidatos receberam, pela manhã, provas que só deveriam ser feitas à tarde Tânia Rêgo/Agência Brasil - 18.08.2024

Alguns cadernos de prova do CNU (Concurso Nacional Unificado) foram trocados no momento da entrega aos candidatos, admitiu o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos). Em nota nesta terça-feira (27), a pasta informou que “teve ciência de episódio ocorrido em um dos locais de aplicação da prova e tomou medidas de segurança no próprio dia de realização”. A íntegra do texto pode ser lida abaixo.

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De acordo com a comunicação oficial, os fiscais entregaram aos candidatos as provas que deveriam ser respondidas à tarde no período da manhã. Entretanto, os próprios aplicadores teriam percebido o erro e recolhido os exames, lacrando-os de volta até o turno seguinte.

A pasta destacou ainda que a ocorrência não afetou a segurança e o sigilo do concurso.

Entenda a denúncia

Tudo ocorreu em uma escola em Recife, com candidatos que prestaram o concurso para o Bloco 4 — Trabalho e Saúde do Servidor. Este bloco incluiu vagas para cargos como Auditor Fiscal do Trabalho. A candidata que percebeu o erro montou um dossiê com denúncias à banca Cesgranrio, à ouvidoria do Ministério da Gestão e ao Ministério Público Federal.


As reclamações foram registradas ainda no domingo, 18 de agosto, quando os exames foram aplicados. Os documentos com os relatos foram postados nas redes sociais.

A candidata descreveu que, durante a aplicação da prova uma fiscal mostrou a embalagem do caderno de questões ainda fechada. Logo depois, o material foi aberto e as provas foram distribuídas. A denunciante diz que notou que os testes eram da prova da tarde, mas foram entregues pela manhã.


Ela destacou que a embalagem da prova da tarde era amarela e a da manhã era verde. Segundo a mulher, a própria fiscal da prova admitiu que houve um erro humano e orientou que fosse feita uma reclamação no site da banca.

“Ela disse que não tinha ata, que eu tenho que fazer uma reclamação na Cesgranrio. Então, terminando a prova, eu corri para casa, o colégio fica perto. Aí liguei para Cesgranrio, relatei tudo por áudio, peguei o protocolo, salvei o diálogo”, lembra a candidata.


“Eu sei que concurseiro nem dorme, nem dá atenção à família, então não é justo isso acontecer. A prova ficou disponível desde o período da manhã, ou seja, tempo suficiente para passar um gabarito para quem quer que fosse e a pessoa fechar a prova da tarde, entendeu?”, diz a candidata em um segundo áudio.

Leia o texto completo:

O Ministério da Gestão informa que teve ciência de episódio ocorrido em um dos locais de aplicação da prova e tomou medidas de segurança no próprio dia de realização do Concurso Público Nacional Unificado.

Neste local, os fiscais entregaram, por engano, o caderno das provas da tarde no período da manhã. O envelope com os cadernos de provas da tarde foi lacrado novamente e ficou sob guarda da fiscalização e do certificador externo do Ministério da Gestão. Permaneceram sob sigilo até a sua aplicação no turno da tarde.

Essa situação foi identificada e corrigida imediatamente, com a troca das provas, antes do inícios das provas no período matutino, portanto, não afetou a aplicação nem o sigilo das informações.

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