Governo diz ter apagado 30 de 54 pontos de incêndio no Pantanal
Segundo a ministra Marina Silva, ainda existem 24 incêndios ativos no bioma, dos quais 13 estão controlados
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, informou nesta quarta-feira (10) que as equipes do governo federal mapearam 54 incêndios com vários focos de calor na região do Pantanal e, desses, 30 foram extintos. Segundo a responsável pela área ambiental, existem 24 incêndios ativos, dos quais 13 estão controlados.
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“Dos 54 incêndios que envolvem vários focos de calor, nós já conseguimos levar 30 à extinção. Estão extintos. Mas o fato de estar extinto não significa que não deve continuar sendo monitorado. Às vezes, há reincidência de fogo. E nós temos 24 incêndios ativos, dos quais 13 estão controlados. E tem também três novos focos”, disse Marina.
A ministra destacou que os dados apontam para uma estabilização dos focos de incêndio no Pantanal. Atualmente, 830 profissionais atuam na região, além de 15 aeronaves, 15 embarcações e três bases de operação. O número, porém, pode sofrer aumento nos próximos dias, uma vez que uma medida provisória que autoriza a contratação extra foi publicada pelo governo.
Os incêndios no Pantanal podem ter degradado cerca de 9% da vegetação nos últimos cinco anos, segundo estimativa da rede Mapbiomas. De acordo com o levantamento, a área degradada no bioma entre 1986 e 2021 pode variar entre 800 mil (6,8%) e 2,1 milhões de hectares (quase 19%). O estudo mostra que, apesar de o bioma conviver com o fogo, existem áreas que são sensíveis aos incêndios.
São consideradas áreas degradadas as regiões que não foram completamente desmatadas, mas que sofreram alterações significativas da composição biológica. Entre os fatores considerados pela Mapbiomas, estão o tamanho e nível de isolamento dos fragmentos florestais, a frequência das queimadas, invasão por espécies exóticas e o pisoteio por rebanhos.
Aeronaves estrangeiras
Nesta quarta, o governo publicou uma medida provisória que autoriza o uso de aeronaves estrangeiras no combate a incêndios florestais, como os que acontecem no Pantanal.
O texto foi publicado no Diário Oficial da União e dispensa a celebração de acordo prévio entre os entes em casos de calamidade pública ou de emergência ambiental.
Questionada pelo R7, Marina informou que o governo ainda não entrou em contato com outros países para solicitar reforço no combate aos incêndios no Pantanal. “Podemos ter conexões com Canadá, Portugal, Chile. Até agora, não houve necessidade do reforço, porque o foco é na gestão do risco e não no desastre.”