Governo do DF vai criar divisão antiterrorismo para evitar futuros ataques
Atentado contra o STF na noite de quarta resultou em explosões e uma morte; PF investiga o caso
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou nesta quinta-feira (14) que o GDF (Governo do DF) vai criar uma divisão antiterrorismo no âmbito da PCDF (Polícia Civil do DF) para evitar futuros ataques. “Uma coisa que era impensável no Brasil de antes, mas que agora tem que ser trabalhada”, detalha.
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A determinação acontece um dia depois do atentado contra o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) na noite desta quarta-feira (113). Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, causou a explosão de um carro próximo ao anexo 4 da Câmara dos Deputados e seguiu para a Praça dos Três Poderes, onde tentou entrar no STF.
Depois de ter a entrada proibida, Luiz atirou artefatos explosivos contra a estátua ‘A Justiça’. Após isso, ele teria deitado no chão, colocado outro explosivo abaixo da cabeça, como se fosse um travesseiro, e o artefato teria explodido. Imagens de segurança flagraram o momento.
A governadora em exercício, Celina Leão (Progressistas), confirmou a criação da divisão e afirma que existem reuniões programadas com a SSP (Secretaria de Segurança Pública). “Temos essa linha de investigação de um ataque terrorista, até porque foi uma ação contra os ministros do Supremo”, esclarece.
Em viagem a Roma, na Europa, Ibaneis considerou o episódio como “muito grave”. Todas as unidades de segurança e de inteligência do Governo do Distrito Federal estão orientadas a agir com rigor e celeridade para identificar o autor ou autores, bem como a motivação para esses ataques. Minha total solidariedade às autoridades e servidores dos três poderes, desejando que a segurança de todos seja prontamente restabelecida", disse.
A PF (Polícia Federal) afirmou que o atentado em Brasília não é um fato isolado. Em coletiva de imprensa, o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, destacou que o episódio está conectado com outras ações.
“Inicialmente eu quero fazer o registro da gravidade da situação, que aponta que esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica, não só a Polícia Federal, mas todo o sistema. Porque entendemos que esse episódio de ontem não é um fato isolado, mas está conectado com várias outras ações, que inclusive a Polícia Federal tem investigado em período recente”, afirmou Rodrigues.