Governo está pronto para prestar socorro em Petrópolis, diz Mourão
Cidade registra ao menos 78 mortes por causa das fortes chuvas; presidente em exercício falou sobre liberação do FGTS
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília, com Luís Augusto Evangelista, da Record TV
O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou, nesta quarta-feira (16), que o "governo federal está pronto" para socorrer as vítimas da tragédia em Petrópolis (RJ), afetada por fortes chuvas que já provocaram a morte de pelo menos 78 pessoas.
"O presidente [Bolsonaro] acionou, diretamente lá de fora, os ministros necessários, e eles tomaram as providências. Toda vez que acontece algo dessa natureza, é uma manobra de crise. Primeiro, o município vai buscar a solução com os meios que ele tem. Se não tem, decreta estado de emergência e entra o Estado", disse.
"O governador do Rio de Janeiro já esteve lá e avaliou a situação. A partir daí, depois que eles levantarem quais são as necessidades reais, eles podem pedir socorro ao governo federal. De qualquer forma, o governo já está pronto, algumas medidas já foram tomadas, como liberação de FGTS e outras. Mas tem de aguardar o pedido que vem de lá", complementou.
A cidade, localizada na região serrana, tem sido atingida por fortes chuvas, que já provocaram a morte de ao menos 78 pessoas. O governador do Rio, Cláudio Castro, avaliou o cenário "como quase situação de guerra", e a prefeitura de Petrópolis pediu à população que não saia de casa.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro anunciou crédito extraordinário para a cidade de Petrópolis. Ele lamentou os óbitos, não informou qual o valor do crédito e destacou que o governo deve liberar também saques do FGTS para os moradores da região serrana.
Movimentação política
Mourão, que está na Presidência da República de forma interina, uma vez que Bolsonaro cumpre agenda pública na Rússia e na Hungria, contou que viaja a São Paulo nesta quinta-feira (17), para acertar questões com o seu partido, o PRTB.
O general, que deve ser candidato ao Senado Federal pelo Rio Grande do Sul, está de mudança de legenda. Segundo interlocutores, Mourão deve ir para o Republicanos. A articulação para a filiação do vice-presidente é tratada pelo diretório gaúcho do partido.
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Mourão destacou, ainda, que não deixará o cargo de vice ao concorrer ao Senado. A lei eleitoral prevê que vice-presidente não pode assumir a Presidência da República de forma interina nos seis meses anteriores à eleição.
Questionado se viajaria nos momentos em que Bolsonaro também estiver fora do país, respondeu que é "obrigado". "Se não, fico inelegível. Provavelmente, tanto eu quanto o Arthur Lira [presidente da Câmara dos Deputados] temos que viajar. Se o [Rodrigo] Pacheco [presidente do Senado Federal] for candidato, também tem de viajar. Uma coisa de louco isso. É a lei, siga-se", disse.