Governo fará primeiro leilão de baterias em dezembro, afirma ministro de Minas e Energia
Segundo Alexandre Silveira, medida dará mais estabilidade ao sistema diante do crescimento das matrizes renováveis
Brasília|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira (15) que o Brasil realizará em dezembro o primeiro leilão de baterias da história do setor elétrico. A medida, segundo ele, será “fundamental” para dar mais estabilidade ao sistema diante do crescimento acelerado das matrizes renováveis.
“Vamos fazer o primeiro leilão de bateria em dezembro e irão participar empresas do mundo inteiro”, afirmou durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
Silveira ressaltou que o desafio é global. “Temos um grande desafio no setor elétrico, que é o crescimento enorme das renováveis, que cria uma instabilidade do sistema no mundo inteiro. Acabou de haver um problema sério na Espanha e em Portugal por causa dessa instabilidade, que só será resolvida com a questão das baterias, pois vamos poder, literalmente, armazenar o vento”, disse.
O ministro explicou que a expansão da energia eólica e solar é positiva para a transição energética, mas ainda insuficiente para garantir segurança energética sem mecanismos de armazenamento.
Apagão
Durante a sessão, Silveira também voltou a rebater críticas sobre os recentes episódios de interrupção no fornecimento de energia. Ele afirmou que é “impossível”, em um país do tamanho do Brasil, evitar totalmente falhas pontuais no sistema, mas reiterou que não houve apagão durante o atual governo.
“É impossível, em um país das dimensões do Brasil, que não haja interrupções. Isso acontece em qualquer subestação. Perdemos 10 gigawatts de energia e o sistema reagiu automaticamente, cortando de cada estado de forma matemática. [...] Não tivemos apagão em nosso governo”, declarou.
Segundo o ministro, os cortes registrados foram parciais e o sistema reagiu automaticamente para impedir que hospitais e serviços essenciais fossem atingidos.
Ele comparou a situação a apagões anteriores, em 2001 e 2021, que, de acordo com ele, representaram falhas de planejamento.
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