Governo federal planeja dobrar rede de transporte público em capitais até 2054
Estudo do Ministério das Cidades e do BNDES mapeia potencial de expansão nas 21 maiores regiões metropolitanas do país
Brasília|Do R7, em Brasília

O governo federal quer ampliar a rede de transporte público nas maiores regiões metropolitanas do país e planeja quase dobrar a extensão atual até 2054.
A proposta faz parte de um estudo do Ministério das Cidades em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e prevê a construção de cerca de 2.500 quilômetros de novas linhas de metrô, VLT, BRT e corredores de ônibus.
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A projeção foi feita na 4ª edição do Boletim Informativo do ENMU (Estudo Nacional de Mobilidade Urbana) e contempla 21 regiões metropolitanas, incluindo Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.
A nova malha, chamada de Rede Futura, foi desenhada com base em dados locais, projeções de demanda e sugestões colhidas em reuniões com estados e municípios.
Desse total, 200 projetos foram priorizados para compor o primeiro Banco Nacional de Projetos, que dará suporte técnico ao Novo PAC e guiará os investimentos federais em mobilidade urbana nas próximas décadas.
“Queremos um transporte coletivo mais eficiente, confortável e sustentável, que reduza o tempo de deslocamento e amplie o acesso a oportunidades”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho.
Mais perto do transporte
Além da expansão física das redes, o estudo mostra que 80% das metrópoles poderão garantir que ao menos 30% da população more a menos de 1 quilômetro de uma estação de transporte. A média atual é de apenas 13%.
As estimativas também consideram um “cenário otimizado”, com políticas como tarifas acessíveis, integração entre modais e restrições ao transporte individual.
A expectativa é de que isso aumente a adesão ao transporte público, reduza desigualdades e impulsione a produtividade nas grandes cidades.
Nos próximos meses, o ENMU vai detalhar os projetos prioritários em fichas técnicas com estimativas de custo, retorno e benefícios socioeconômicos. O objetivo é transformar o planejamento em ações concretas, com impacto duradouro na vida urbana brasileira.
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