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Governo lança programa para aumentar proteção de passageiros e bagagens nos aeroportos do país

Entre as medidas estão inspeção de bagagens nas esteiras, novos equipamentos de raio-X e detectores de líquidos e explosivos

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Passageiros no aeroporto de Guarulhos (SP)
Passageiros no aeroporto de Guarulhos (SP)

O governo federal lançou, nesta quarta-feira (21), o programa Aeroportos+Seguros, a fim de aumentar a proteção de passageiros e bagagens nos principais terminais aeroportuários do país. Entre as medidas estão mais câmeras de iluminação nos terminais, novos aparelhos de raio-X, detectores de substâncias ilícitas, reconhecimento facial de passageiros e funcionários, detectores de líquidos e explosivos, além de scanners corporais e câmeras com infravermelho. De acordo com o Executivo, serão investidos R$ 40 milhões.

A primeira fase do programa será implementada imediatamente no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O local registra o maior número de passageiros domésticos e internacionais do país, além de ser o principal hub na América do Sul.

Primeiramente, os aeroportos com maior volume de voos internacionais farão parte da iniciativa — e, posteriormente, todos os terminais que contemplem algum trecho de voo para o exterior. Ainda de acordo com o governo, os valores para o projeto serão oriundos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).

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O programa prevê ações de curto prazo, em até seis meses:


• incremento de câmeras de segurança (em andamento);

• identificação com chave de acesso individualizada ao sistema de bagagens no Terminal 3 — Internacional (em andamento);


• restrição ao acesso de celulares e tablets nas áreas restritas (em andamento);

• entrada centralizada ao Teca — Terminal de Cargas (em andamento);

• acesso biométrico de funcionários e cessionários às áreas restritas e/ou controladas no Terminal 2 — Doméstico (em andamento); 

• controle de acesso ao sistema de bagagens nos outros terminais do aeroporto.

Além disso, estão previstas ações de médio prazo, em até 12 meses:

• acesso biométrico de funcionários e cessionários às áreas restritas e/ou controladas nos demais terminais;

• sistema de monitoramento das cercas operacionais e patrimoniais;

• recebimento de equipamentos de segurança por parte da GRU Airport via convênio com a autoridade americana de segurança, a TSA (Transportation Security Administration); 

• aquisição de dispositivos adicionais não contemplados no convênio pela GRU Airport.

E, por último, ações de longo prazo, em até 18 meses:

• reforço de segurança na inspeção de passageiros;

• incremento da vigilância nos canais de funcionários do aeroporto; 

• aumento da proteção e inspeção das bagagens despachadas.

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O programa deve se estender futuramente aos portos do país. "Nós vamos muito em breve fortalecer essa parceria com o Ministério dos Portos e Aeroportos, com o anúncio do trabalho conjunto do setor portuário. Temos uma guarda portuária que integra o Sistema Único de Segurança e queremos que isso se estenda a esse importante segmento", disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

A medida foi lançada após o episódio registrado no início do ano, em que duas passageiras de Goiânia (GO) foram presas no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, com 40 kg de cocaína. Em depoimento, as detidas afirmaram que não eram donas das malas e não tinham conhecimento sobre as drogas.

Uma operação da Polícia Federal foi executada contra um grupo de funcionários que trocava malas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) para despachar drogas para a Europa. De acordo com a corporação, a quadrilha retirava as etiquetas das malas de passageiros inocentes e as colava em outras bagagens, que posteriormente seriam enviadas ao exterior.

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