O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que o salário mínimo em 2026 seja de R$ 1.630, aumento de R$ 112 em relação ao valor de 2025. O Executivo prevê que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem será de 2,5%, enquanto para 2025 a previsão é de alta de 2,31%, índice mais positivo do que a expectativa do Banco Central (leia mais abaixo). O projeto da LDO será enviado ao Congresso Nacional nesta terça-feira (15), data limite para apresentação da proposta. No texto, o governo federal destaca a meta fiscal de superávit de 0,25% para o 2026, como afirmou na semana passada o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Não tem previsão de mudança daquilo que estava projetado na LDO do ano passado, a não ser o fato de que tem um ano a mais agora de projeção”, destacou a jornalistas.O cálculo de superávit de 0,25% do PIB, segundo o governo, corresponde a cerca de R$ 34,3 bilhões. O limite total previsto das despesas da União é de R$ 2,43 trilhões. As regras fiscais dão margem para que a meta fique até 0,25 ponto percentual acima ou abaixo de 0,25% — ou seja, o resultado pode variar de 0% a 0,5%.Lula tem tido como uma das principais bandeiras a política de valorização real do piso salarial do país. O valor do salário mínimo proposto pelo governo está próximo do que apurou o R7 antes da divulgação do projeto da LDO. À reportagem, foi informado que o cálculo subiria o piso para R$ 1.627.No fim de março, o Banco Central revisou a projeção de crescimento do PIB do Brasil neste ano e reduziu a expectativa, de 2,1% para 1,9%. Em 2024, o aumento foi de 3,4%, maior resultado desde 2021, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).A LDO define as metas e prioridades da gestão para o próximo ano. O valor do salário mínimo, no entanto, pode sofrer alterações ao longo da tramitação do projeto, já que o reajuste deve ter crescimento real, ou seja, acima da inflação e proporcional ao crescimento do PIB em 2025.A lei determina quais normas deverão ser seguidas na construção do Orçamento do próximo ano, a ser votado no segundo semestre, e guia a distribuição dos recursos para cada área. O projeto precisa ser analisado pelos deputados e senadores até 17 de julho, quando começa o recesso parlamentar.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp