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R7 Brasília

Guedes contraria dados e diz que país cresce acima da média mundial

Em Dubai, ministro da Economia disse que o Brasil cresce 5,5% em 2021. Segundo FMI, a média mundial será de expansão de 5,9%

Brasília|Mariana Londres, do R7, em Brasília

A investidores de Dubai, Guedes contraria dados do FMI e diz que Brasil cresce acima da média mundial
A investidores de Dubai, Guedes contraria dados do FMI e diz que Brasil cresce acima da média mundial

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira (15), no Invest in Brazil Forum em Dubai, Emirados Árabes Unidos, que o Brasil cresce 5,5% em 2021, acima da média mundial. Mas, de acordo com o último relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional), a média mundial de crescimento em 2021 deve ser de 5,9%, acima, portanto, do crescimento brasileiro. 

"Já vacinamos 65% da população adulta com duas doses e estamos retornando ao trabalho. A economia está crescendo 5,5% nesse ano, e já temos para os próximos mais de US$ 100 bilhões em contratos assinados em energia elétrica, rodovias, ferrovias, gás natural, portos", disse o ministro.

De acordo com o último relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional), de outubro, o Brasil crescerá 5,2% neste ano e 1,5% em 2022. Já a média global será de 5,9% neste ano e 4,9% em 2022. Ou seja, em 2021 e especialmente em 2022 o Brasil deve crescer menos do que a média mundial. 

As projeções do mercado brasileiro também são menos otimistas do que as do ministro Paulo Guedes. De acordo com o último boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, que reúne projeções do mercado, o Brasil deve crescer 4,9% em 2021 e apenas 1% em 2022. 


Ao lado do presidente Jair Bolsonaro e de outros ministros, Guedes participa do Brazilian Day na Expo Dubai, o primeiro grande evento mundial realizado após a pandemia do novo coronavírus. O objetivo do Brazilian Day é atrair investimentos para o Brasil. Guedes usou como argumentos para atrair investidores para o Brasil as reformas estruturantes que o governo Bolsonaro tem promovido. 

"O Brasil prossegue com as reformas, um Banco Central independente, os gatilhos fiscais, os marcos regulatórios do gás natural, do petróleo, das ferrovias. Nós seguimos fazendo uma transformação com uma grande mudança de eixo e esperamos que os senhores participem dessa mudança no Brasil. Depois de décadas de grande crescimento, o Brasil caiu numa armadilha de excesso de intervenção estatal, e a primeira grande missão que o presidente Bolsonaro me deu foi trocar o eixo de crescimento. Nós queremos ser uma grande economia de mercado, 200 milhões de habitantes num mercado de consumo de massa, cujo crescimento é dirigido pelo crescimento privado, pelos grandes investimentos internacionais", disse o ministro.


Ao concluir a sua fala, ele disse que o Brasil espera o investimento dos Emirados de braços abertos: 

"Vocês são o nosso hub de exportação para a Ásia e o hub de reciclagem dos petrodólares em direção às Américas. Então nós precisamos dessa parceria e o Brasil espera esse ano atingir meio trilhão de dólares de comércio. O Brasil está começando a se abrir de novo, era um dos países mais fechados do mundo e está se abrindo de novo. O Brasil espera de braços abertos os seus investimentos".

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