Haddad: Congresso está maduro para aprovar isenção do IR, mas problema é ‘compensação’
Proposta enviada pelo governo estipula que super-ricos, hoje isentos, comecem a pagar o Imposto de Renda
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que o Congresso Nacional está maduro para aprovar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, mas o problema é a “compensação”, ou seja, o valor que passaria a ser cobrado dos super-ricos para isentar os mais pobres.
A proposta enviada pelo Palácio do Planalto prevê isenção para quem ganha até R$ 5.000 por mês e reduz a alíquota do imposto para salários entre R$ 5.001 e R$ 7350. O benefício da isenção completa iria chegar a 14 milhões de pessoas, enquanto a redução do valor cobrado beneficiaria 500 mil.
Em contrapartida, no entanto, o governo precisa cobrar impostos de uma parcela da população super-rica, que ganha mais de R$ 1,2 milhão por ano.
“O Congresso está muito maduro para aprovar a isenção [do imposto de renda], o problema é aprovar a compensação, que é o andar de cima, que não paga imposto de renda e terá que pagar”, observou Haddad.
Ele explicou que a proposta do governo prevê a cobrança de 10% de imposto de renda de quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais por ano. “Em qualquer lugar do mundo, essa pessoa pagaria 40%”, disse Haddad.
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O governo ainda defende que, na hora de calcular o valor do imposto devido, alguns rendimentos são excluídos, como ganhos com poupança, títulos isentos (como dividendos de empresas), herança, aposentadoria e pensão de moléstia grave, venda de bens, outros rendimentos mobiliários isentos, além de indenizações.
Apesar dos comentários do ministro a respeito da proposta parada no Congresso, Haddad reforçou que o governo tem conseguido aprovar projetos importantes na Casa.
“O Congresso apoiou 70% a 80% das medidas da Fazenda, depois de explicado [o tema]. Não é que ficamos só o Executivo lutando sozinho. A gente sentava com a turma [de parlamentares] e falava: gente, vamos colocar ordem nisso daqui”, explicou.
Haddad confessou, no entanto, que muitos parlamentares devem ser criticados, “porque não dá para passar pano”, mas reforçou a importância da Casa para a aprovação de projetos importantes, como a reforma do Imposto de Renda, o orçamento de 2026 e medidas para garantir a estabilidade fiscal.
Perguntas e Respostas
Qual é a avaliação do ministro da Fazenda sobre a aprovação da isenção do Imposto de Renda pelo Congresso?
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que o Congresso Nacional está maduro para aprovar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. No entanto, ele aponta que o desafio está na “compensação”, que se refere ao valor que seria cobrado dos super-ricos para isentar os mais pobres.
O que a proposta do governo prevê em relação à isenção do Imposto de Renda?
A proposta enviada pelo Palácio do Planalto prevê isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês e uma redução da alíquota do imposto para salários entre R$ 5.001 e R$ 7.350. A isenção completa beneficiaria cerca de 14 milhões de pessoas, enquanto a redução do valor cobrado beneficiaria 500 mil. Para isso, o governo precisa cobrar impostos de uma parcela da população super-rica, que ganha mais de R$ 1,2 milhão por ano.
Qual é a proposta de cobrança de imposto para os super-ricos?
Haddad explicou que a proposta do governo prevê a cobrança de 10% de Imposto de Renda para quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais por ano. Ele comparou essa taxa, afirmando que em outros países essa pessoa pagaria 40%.
Quais rendimentos estão excluídos do cálculo do imposto devido?
O governo defende que, ao calcular o valor do imposto devido, alguns rendimentos sejam excluídos, como ganhos com poupança, títulos isentos (como dividendos de empresas), herança, aposentadoria e pensão de moléstia grave, venda de bens e outros rendimentos mobiliários isentos, além de indenizações.
Como o ministro Haddad vê a relação do governo com o Congresso?
Apesar de comentar sobre a proposta parada no Congresso, Haddad destacou que o governo tem conseguido aprovar projetos importantes. Ele afirmou que o Congresso apoiou de 70% a 80% das medidas da Fazenda, após explicações sobre os temas. Haddad também reconheceu que alguns parlamentares devem ser criticados, mas enfatizou a importância do Congresso na aprovação de projetos relevantes, como a reforma do Imposto de Renda e o orçamento de 2026.
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