Haddad fica em SP e não participa de anúncio do governo para baixar preço dos alimentos
Ministro está em São Paulo realizando ‘despachos internos’
Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não compareceu, nesta quinta-feira (6), ao anúncio do governo federal para conter a alta nos preços dos alimentos. Conforme apurou o R7, o ministro está em São Paulo para “despachos internos” e quem acompanha a pauta é o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan.
Mais cedo, Durigan esteve presente na reunião com ministros, que alinhou as medidas que seriam anunciadas. Durante o anúncio promovido pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), o secretário de políticas econômicas da Fazenda, Guilherme Mello, representou a pasta.
Segundo interlocutores do ministério, apesar da Fazenda acompanhar a pauta, a pasta não coordena o assunto, e sim o Ministério da Agricultura e Pecuária, comandado por Carlos Fávaro. Procurado pelo R7, o Ministério da Fazenda não retornou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Na reunião de mais cedo, além de Durigan, Alckmin e Fávaro, também estavam presentes os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social).
Governo anuncia medidas para conter alta nos alimentos
Há pouco, o governo federal anunciou que vai zerar a tarifa de importação sobre itens como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva para conter a inflação dos alimentos.
Além disso, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos estados que deixem de cobrar impostos sobre itens da cesta básica, que já são livres de taxas federais. A expectativa é que as alíquotas de importação sejam zeradas nos próximos dias.
As alterações nas taxas fazem parte de um pacote de seis medidas, discutido ao longo dos últimos meses pelo governo federal. Os últimos ajustes foram definidos nesta quinta, ao longo de ao menos três reuniões.
Lula participou de um desses encontros, com ministros de governo. Em seguida, o presidente deixou a discussão, que passou a ser comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.
O anúncio das seis medidas foi feito por Alckmin e por chefes de pastas federais, ao lado de representantes do setor de alimentos. Segundo Alckmin, as medidas referentes às alíquotas passam a valer a partir de determinação da Camex (Câmara de Comércio Exterior), ligada ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), pasta chefiada pelo vice-presidente. A implementação deve ocorrer nos próximos dias.
Alguns produtos que terão a alíquota de importação zerada são:
- Café (taxa de 9% hoje);
- Carnes (taxa de até 10,8% hoje);
- Açúcar (taxa de até 14% hoje);
- Milho (taxa de 7,2% hoje);
- Óleo de girassol (taxa de até 9% hoje);
- Azeite de oliva (taxa de 9% hoje);
- Sardinha (taxa de 32% hoje);
- Biscoitos (taxa de 16,2% hoje);
- Massas alimentícias (macarrão) (taxa de 14,4% hoje)