A defesa do influenciador digital Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, preso em julho do ano passado por ameaças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao ministro Alexandre de Moraes que cobre da Polícia Federal relatório de conclusão das investigações.
Em fevereiro, Moraes manteve a prisão preventiva do influenciador e determinou que a PF, no prazo de 30 dias, apresentasse relatório, o que ainda não ocorreu. Também em fevereiro, a defesa do influenciador pediu que Moraes enviasse a investigação para a primeira instância (na Justiça de Minas Gerais).
Na decisão que manteve a prisão, o ministro disse que a investigação, ainda em andamento, demonstra uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, utilizando-se de uma rede virtual de apoiadores que atuam, de forma sistemática, para criar ou compartilhar mensagens que tenham por mote final a derrubada da estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil.
Ivan Rejane Pinto foi preso pela Polícia Federal em 22 de julho, em Belo Horizonte, por decisão de Alexandre de Moraes, acusado de veicular informações falsas sobre a atuação da Corte.
Nas postagens em redes sociais que embasaram a detenção, o investigado fez diversos ataques a Lula, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Marcelo Freixo, presidente da Embratur, além de criticar ministros do STF indicados pelo PT.