Homem que planejou tentativa de ataque a bomba no Aeroporto de Brasília fica calado em CPI
Em uma das únicas falas, George Washington afirmou que está preso em cela individual no Presídio Federal do DF
Brasília|Fabíola Souza, do R7, em Brasília
O homem que planejou a tentaaiva de explosão de um caminhão-tanque nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília, George Washington de Oliveira Sousa, não quis responder a maioria das perguntas feitas pelos deputados distritais em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que investiga os atos de 8 de janeiro.
George Washington participou da comissão nesta quinta-feira (28) e afirmou estar no presídio federal de segurança máxima de Brasília, em cela individual, no Complexo da Papuda. Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado, por tentativa de explodir um caminhão tanque perto do Aeroporto de Brasília em dezembro do ano passado.
Em depoimento à polícia, George Washington disse que a intenção da tentativa de explosão foi chamar atenção para o acampamento montado no Setor Militar Urbano, em Brasília, e para o movimento que contestava o resultado das eleições. O depoente participou da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Congresso Nacional no dia 22 de junho e também se manteve em silêncio durante a oitiva.
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O acampamento foi desmontado após os atos de vandalismo, em 8 de janeiro, que resultaram na depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.
Outro depoimento
Os deputados também ouviram Alan Diego dos Santos. Ele contou que sonhava conhecer a capital federal e veio apenas para passear.
Sobre o ocorrido no dia 24 de dezembro, data da tentativa de explosão de um caminhão-tanque perto do Aeroporto Internacional, o depoente alegou que apenas levou o "artefato", uma dinamite, até o local. Ele afirmou que conheceu George Washington de Oliveira Sousa, também condenado por planejar o atentado a bomba, no acampamento do QG do Exército.
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Segundo Alan, a caravana veio para Brasília para participar de uma manifestação no dia 15 de novembro, com o intuito de pedir ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para "rever o código-fonte" da urna eletrônica.
Alan Diego também contou aos parlamentares que a bomba não explodiu porque ele impediu. "Eu informei as autoridades, mandei mensagens e informei. Se as autoridades fossem lá, ela não ia explodir". De acordo com ele, a dinamite explodiria se alguém acionasse o detonador. Ele se negou, no entanto, a dizer quem era o responsável por detonar o explosivo, sob a justificativa de que está sendo ameaçado.