Ibaneis Rocha deixa prédio da PF após duas horas de depoimento; veja vídeo
Emedebista foi afastado do cargo de governador do Distrito Federal por 90 dias após decisão do Supremo Tribunal Federal
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
Alvo de inquérito, o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), deixou a sede da Polícia Federal, em Brasília, nesta sexta-feira (13), após prestar depoimento. Ele saiu do prédio acompanhado dos advogados, sem falar com a imprensa.
O depoimento foi prestado de forma espontânea, segundo informou ao R7 um dos advogados do governador afastado, Cléber Lopes. Ibaneis chegou à sede da PF, na Asa Norte, um pouco antes das 11h e deixou o prédio às 13h50.
Ibaneis foi afastado por 90 dias do governo por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, referendada nesta quinta-feira (12) pelo plenário da Corte. O afastamento ocorreu após atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, no último domingo (8), em Brasília.
Reeleito nas eleições de 2022, o governador afastado disse, na última quarta-feira (11), que acredita ter havido sabotagem de policiais militares durante os atos de vandalismo que depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do STF. Por meio dos advogados que o representam, Alberto Toron e Cléber Lopes, Ibaneis alega ter recebido informações incorretas sobre as ações de segurança na Esplanada dos Ministérios.
"O desenvolvimento das investigações tem, a cada dia, revelado e trazido fatos novos, que indicam uma espécie de sabotagem na ação de policiais militares. Indicam também que ele teve informações erradas e falseadas e que, portanto, não se pode dizer, de maneira nenhuma, que estivesse conluiado com o movimento que se deu no último domingo (8)", afirmaram os advogados na ocasião.
Novo inquérito
O ministro Alexandre de Moraes decidiu instaurar novo inquérito para apurar indícios de atuação criminosa do governador afastado do Distrito Federal e dos comandantes da Segurança Pública do DF no dia dos atos de vandalismo registrados no último domingo (8), em Brasília.
A decisão de Moraes atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e foi publicada no Diário da Justiça desta sexta-feira (13).
Além de Ibaneis, serão investigados o ex-secretário de Justiça do DF Anderson Torres, o ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e o ex-comandante da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira.