Iges presta contas sobre gastos de quadrimestres à Câmara Legislativa do DF nesta quinta
Instituto vai apresentar dados sobre primeiros 8 meses à Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O Iges (Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF) vai prestar contas nesta quinta-feira (7) sobre os dois primeiros quadrimestres deste ano em audiência pública na CFGTC (Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle) da CLDF (Câmara Legislativa do DF). O instituto deve apresentar relatórios com detalhes dos dados de desempenho na gestão da saúde do DF.
LEIA TAMBÉM
Segundo a presidente da comissão, deputada Paula Belmonte (Cidadania), a divulgação de dados do Iges vai servir para “avaliarmos se realmente houve melhorias na atuação do Instituto, comprovadas por dados que devem ser precisos e confiáveis”.
O presidente do Iges, Juracy Lacerda, confirmou a presença. O instituto esteve na CFGTC em maio deste ano para apresentar os indicadores e metas do ano anterior. Na ocasião, o relatório divulgado apontava um aumento de 31% nos atendimentos feitos em 2023 nas 13 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) sob a gestão do Iges, com 1,338 milhões.
O levantamento também apresentou aumento nos procedimentos realizados no Hospital de Base (26%) e no Hospital Regional de Santa Maria (17%) se comparados ao mesmo período do ano anterior.
O Iges é responsável pela gestão do Hospital de Base, do Hospital Regional de Santa Maria e do Hospital Cidade do Sol, além das UPAs de Brazlândia, de Ceilândia, de Ceilândia II, do Gama, do Núcleo Bandeirante, do Paranoá, de Planaltina, do Recanto das Emas, do Riacho Fundo II, de Samambaia, de São Sebastião, de Sobradinho e de Vicente Pires.
Investigação de supostas fraudes
No final de agosto, a Polícia Civil deflagrou uma operação para apurar supostas fraudes em contratos no Iges-DF. Segundo os investigadores, um grupo formado por servidores públicos e empresários teria recebido favorecimento no contrato de fornecimento de refeições para os pacientes nas unidades de saúde administradas pelo instituto, incluindo o Hospital de Base, o principal da capital federal.
20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e o Conselho de Administração afastou o diretor vice-presidente, Caio Valério Gondim Reginaldo Falcão, e o diretor de Administração e Logística, Antônio Carlos Garcia Martins Chaves por 30 dias.
Em nota oficial, o Iges disse que o período de afastamento é para que os dois servidores “possam trabalhar em suas defesas” e para que “os fatos sejam devidamente apurados”. “O Iges permanece à disposição das autoridades competentes para fornecer todo o suporte necessário para as investigações em andamento. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a legalidade”, informou.