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Isolado e monitorado: veja como será a rotina do operador do PCC em penitenciária de Brasília

Tuta passará por período de adaptação de 20 dias em cela individual, sem contato com outros detentos

Brasília|Do R7, em Brasília

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Tuta chegou a Brasília no último domingo Reprodução/RECORD

Apontado como operador do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, chegou à Penitenciária Federal de Brasília no último domingo (18), após ser preso na Bolívia.

O traficante, foragido desde 2020, estava na lista de Difusão Vermelha da Interpol, e foi encontrado ao comparecer a uma unidade policial boliviana para tratar de questões migratórias.


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A transferência de Tuta para a capital federal foi uma escolha do governo por considerar a penitenciária a mais segura e a mais próxima do local onde ele foi detido. Além de Brasília, há mais quatro presídios federais de segurança máxima no Brasil: em Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR).

O criminoso está no mesmo presídio que o chefe do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Contudo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, classificou como “impossível” qualquer tipo de contato entre o operador e outros membros da facção presos no mesmo local.


Veja como será a rotina de Tuta

Ao chegar na penitenciária, todos os presos passam por um período de adaptação que pode durar 20 dias, como é o caso de Tuta.

Os detentos ficam em uma cela individual com uma cama e banheiro compacto. Há também um espaço para banho de sol para evitar o contato do detento com outros presos.


Na cela, são servidas seis refeições por dia, incluindo café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. As visitas de familiares e advogados são permitidas apenas por parlatório ou videoconferência.

Além disso, as autoridades registram parte da rotina do criminoso, como remédios e atendimento médico.


Depois do período de triagem, o preso é levado a uma cela comum individual, onde poderá tomar duas horas de banho de sol por dia. Atividades educacionais e atendimentos médicos também estão previstos conforme as necessidades de cada detento.

A cela não tem tomadas elétricas, e a energia do chuveiro e das lâmpadas são ativadas e desativadas em horários determinados.

Procedimentos de segurança

Segundo o governo federal, os presídios federais são equipados com agentes capacitados e recorrentemente treinados; armamento letal e menos letal; body scan, raio-x e detector de metais para revista pessoal e material; sistemas de vigilância por áudio e vídeo; equipamentos de segurança e de inteligência; além de uma estrutura física reforçada e resistente a tentativas de invasão e fuga.

Além disso, alguns procedimentos são adotados para evitar fugas e contatos com outros criminosos:

  • O preso é revistado todas as vezes que deixa o seu dormitório;
  • A cela do preso é revistada todas as vezes em que ele se retira;
  • O preso permanece algemado quando em deslocamento pelo estabelecimento;
  • O preso não tem acesso a meios de comunicação externos;
  • Os procedimentos, bem como os deslocamentos com o preso, são feitos por, pelo menos, dois agentes;
  • Os procedimentos e toda a rotina da cadeia são monitorados por circuito interno de câmeras;
  • Agentes de inteligência da Penitenciária Federal monitoram o circuito de câmeras, e as imagens capturadas são transmitidas ao vivo para a sede da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) em Brasília, onde outra equipe de inteligência também acompanha a rotina das cinco cadeias.

Veja como foi a prisão

As autoridades bolivianas suspeitaram de Tuta após ele procurar atendimento em uma unidade policial e apresentar um documento com o falso nome de Maicon da Silva — identidade que já constava no banco internacional de dados da Interpol.

Um agente boliviano acionou um oficial da Polícia Federal brasileira que atua em Santa Cruz de la Sierra, que, por sua vez, repassou a informação à central da Interpol em Brasília. Com o cruzamento de dados biométricos, os agentes brasileiros confirmaram que se tratava de um foragido da Justiça.

Após a confirmação de sua verdadeira identidade, Tuta foi detido pela Força Especial de Luta Contra o Crime Organizado na Bolívia. A transferência dele da Bolívia para Brasília foi feita em uma aeronave da PF e contou com a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério de Relações Exteriores.

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