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R7 Brasília

Tarso Genro sobre eleições na Venezuela: ‘Com 70% dos votos, Bolsonaro seria presidente’

Ex-governador do RS pelo PT rebateu CNE venezuelano que disse que tem 80% das urnas apuradas e que resultado seria irreversível

Brasília|Jéssica Gotlib, do R7, em Brasília


'Com 70% dos votos apurados, Bolsonaro seria Presidente', diz Genro Wilton Junior/Estadão Conteúdo - 02.10.2015

Um dos quadros mais tradicionais do Partido dos Trabalhadores (PT), Tarso Genro juntou-se aos políticos que comentaram as eleições da Venezuela e à proclamação de Nicolás Maduro como presidente. Ele lembrou do pleito de 2022 no Brasil, com resultado acirrado decidido no fim da apuração de votos. “Não podemos desperdiçar a experiência. Se o TSE definisse quem ganhou aqui no Brasil na última eleição presidencial, com 70% dos votos apurados, Bolsonaro seria Presidente”, declarou pelas redes sociais nesta terça-feira (30). O CNE (Conselho Nacional Eleitora venezuelano) declarou a vitória de Maduro com 80% das urnas apuradas e disse que resultado é “irreversível”.

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Por isso, o ex-governador do Rio Grande do Sul celebrou o posicionamento do Ministério das Relações Exteriores que pediu a publicação das atas. “Itamaraty faz muito bem em pedir o exame das atas para assumir uma posição sobre a lisura das apurações”, escreveu nas redes sociais nesta terça-feira (30).

Eleições questionadas geram reação nacional e internacional

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral), o órgão máximo do tema no país vizinho, proclamou a vitória de Nicolás Maduro com 5,15 milhões de votos (51,2%), após a apuração de 80% das urnas. González Urrutia, diplomata opositor, recebeu 4,45 milhões de votos (44,2%), segundo o primeiro boletim oficial. Apesar disso, não foram divulgadas as atas de votação, documentos que certificam a contagem dos votos.

Dessa forma, o anúncio da reeleição foi questionado por países como Estados Unidos, Chile, Peru, Costa Rica, Guatemala, Argentina, Espanha, Uruguai e União Europeia, que pediram “total transparência” na contagem dos votos. Em nota na última segunda-feira (29), o Itamaraty destacou que aguarda a publicação oficial dos documentos pelo CNE.


A oposição venezuelana também se manifestou. Logo em seguida à proclamação do resultado, a líder do partido opositor, María Corina Machado, disse que não reconhece a vitória de Maduro. Apesar de não terem convocado protestos, o país enfrenta uma onda de revolta nas ruas, especialmente na capital Caracas. Pelo menos seis pessoas foram mortas e 132 feridas.


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