Justiça determina transferência de advogados e militares presos em atos de vandalismo
São 14 detentos que têm direito a prisão especial; eles ficarão no 19º Batalhão da Polícia Militar, dentro do completo penitenciário
Brasília|Renato Souza e Bruna Lima, do R7, em Brasília
A Justiça determinou a transferência de 14 presos que foram acusados de participação nos ataques aos prédios públicos dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro. São dez advogados e quatro militares que têm direito a prisão especial e, por isso, não cumprirão pena nas mesmas celas que os demais detentos.
As transferências têm como destino o 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, que fica dentro do Complexo Penitenciário da Papuda e é conhecido como Papudinha. Eles estavam junto de outros presos durante as manifestações que resultaram na depredação do Planalto, do Congresso Nacional e do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
Contudo, tanto pessoas das forças de segurança quanto advogados têm o direito de ficar recolhidos em cela especial, motivo pelo qual a vara de execuções penais determinou a transferência. Os nomes dos transferidos não foram revelados.
Até o momento, não houve soltura de pessoas presas por envolvimento nos atos antidemocráticos, conforme a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
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Pela última atualização da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape), 1.248 manifestantes extremistas passaram por audiência de custódia. No total, 1.398 pessoas foram presas, sendo 904 homens e 494 mulheres.